A pedido dos advogados, o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Marcus Vinicius da Costa Michelotto, prestou depoimento na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público Estadual, na tarde de quinta-feira (11).

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Pela notificação enviada ao delegado, o depoimento estava marcado para a tarde desta sexta-feira (12). Ele foi chamado para prestar esclarecimentos por consequência da Operação Vortex, que que apura um suposto esquema de extorsão montado na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), em Curitiba, e na Divisão de Crimes contra o Patrimônio (DCCP).

Ele recebeu a notificação na última sexta-feira (5), dois dias depois da deflagração da operação. O delegado-geral foi questionado sobre vários pontos da investigação da operação Vortex.

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Acompanhado de dois advogados, Michelotto respondeu a todas as perguntas feitas durante o depoimento. Algumas etapas da investigação ainda não foram concluídas. Detalhes sobre o caso também não foram divulgados para a imprensa, pois podem prejudicar a investigação.

Fontes de dentro da Polícia Civil informaram à Gazeta do Povo na quarta-feira (10) que era cogitada a possibilidade de Michelotto não ir até o Gaeco, mas ir apenas à procuradoria-geral de Justiça. Essa possibilidade não se confirmou e, apesar de adiantar o depoimento, o delegado-geral foi ao Gaeco.

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que não se pronunciaria sobre o assunto e também não confirmou à ida do delegado-geral ao Gaeco. Anteriormente, a assessoria não soube dizer se ele iria ou não ao Gaeco para prestar esclarecimentos.

O coordenador do Grupo de Combate ao Crime Organizado, Leonir Battisti, também foi procurado e disse que não repassaria informações sobre o caso.

Prisões

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Dois delegados - Gerson Machado e Luiz Carlos de Oliveira - e o investigador Aleardo Riguetto foram presos por posse ilegal de armas durante a operação Vortex em 3 de abril. De acordo com o MP, os três são investigados pela suspeita de envolvimento em extorsão, mas as prisões deles não foram motivadas pela investigação.

Os dois delegados e o investigador da Polícia Civil do Paraná foram presos por posse ilegal de arma e munição restrita pelo Gaeco. As detenções ocorreram durante diligências da operação, deflagrada para investigar uma rede de extorsão formada por policiais civis, incluindo delegados. Dezoito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em duas delegacias da capital, uma divisão policial e nas casas dos policiais. As armas foram encontradas nas residências deles, e isso motivou as prisões.

Os advogados de defesa dos policiais entraram com pedido de liberdade provisória, os quais foram acatados pela Justiça. Oliveira e Riguetto pagaram fiança e deixaram a prisão em 4 de abril. Machado alegou que não tinha condições de pagar os R$ 21 mil estipulados e pediu revisão do valor. Ele pagou fiança de R$ 6 mil e foi solto em 5 de abril.