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Brasília – O partido Democratas (DEM) deve se distanciar do PSDB para construir um projeto próprio para a Presidência da República, embora vá continuar na oposição, assim como os tucanos. "Cada partido tem de ter seu projeto de poder. Vamos construir o nosso", afirmou o deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM. Ao fazer a afirmação, Maia lembrou que, quando o PFL lançou a senadora Roseana Sarney (MA) para concorrer na eleição presidencial de 2002, "foram eles (os tucanos) que destruíram a candidatura".

"Vivemos a frustração de não apresentar candidatos próprios à presidência. Não foi por falta de vontade", reconheceu o ex-presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC).

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), avaliou que a proximidade entre o PSDB e os democratas dependerá muito do comportamento eleitoral dos tucanos nas eleições municipais de 2008. "Isso passa por São Paulo, que é simbólico, pois o prefeito Gilberto Kassab (DEM) é o candidato natural à reeleição", afirmou Arruda.

O governador lembrou ter apoiado o tucano Geraldo Alckmin para presidente e, mesmo assim, teve de enfrentar, na disputa pelo governo do Distrito Federal, a tucana Maria de Lurdes Abadia.

"O que pode unir PSDB e os democratas, em 2010, são as boas alianças que construirmos em 2008", concluiu.

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