São Paulo - A maioria dos políticos denunciados à Justiça como membros da "quadrilha do mensalão" dividirá palanques com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua campanha pela reeleição. Alguns já lançaram suas candidaturas fazendo propaganda da proximidade com o governo. Apesar de serem considerados suspeitos, o presidente não vê constrangimento nisso e está preparado para as críticas, segundo seu assessor especial e vice-presidente do PT, Marco Aurélio Garcia.

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"Não aceitamos o conceito de mensalão. Eles vão participar do palanque do presidente como todos os que apóiam a reeleição. O único constrangimento seria se eles não tivessem votos", diz Marco Aurélio, que também coordena o programa de governo de Lula.

Enquanto os palanques não são montados, na largada das campanhas para deputado alguns já fazem propaganda das conquistas obtidas junto ao governo para as bases eleitorais. O ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP) e o ex-líder do governo Professor Luizinho escaparam da cassação, mas foram denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, como membros da "quadrilha" do mensalão. Em campanha para continuar na Câmara, usam fotos de Lula e divulgam benfeitorias obtidas junto ao governo em seus boletins. No PT, a expectativa é que João Paulo, Antônio Palocci e José Genoíno funcionem até como puxadores de votos para a legenda.

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