Depois de mais de oito horas de negociação, foi fechado um acordo na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na Região Metropolitana de Curitiba. O acordo garantiu a liberação do agente penitenciário que havia sido mantido refém desde as 10h30 desta quinta-feira (9). Em troca, parte dos presos que participaram da rebelião serão enviados a unidades do interior do estado.
O refém foi liberado pouco antes das 19 horas. O homem, que não foi identificado, estaria "bem fisicamente, mas mal psicologicamente", segundo Antony Johnson, vice-presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) e que acompanhou a negociação. Depois de ser solto, o agente foi encaminhado para um hospital para fazer exame de corpo de delito.
Transferências
Dos 10 presos que se rebelaram, seis tiveram a transferência autorizada. Segundo a Secretaria de Justiça, Cidadania e dos Direitos Humanos (Seju), esses presos têm parentes que moram perto do local para onde serão enviados, o que facilitaria o processo de ressocialização.
Eles devem ir, ainda nesta quinta, para unidades de Maringá e de Foz do Iguaçu. Participaram da negociação policiais militares e o diretor do Departamento de Execução Penal (Depen), Cezinando Paredes. Ninguém ficou ferido durante as negociações, segundo a Seju, que informa que uma auditoria será instalada para encontrar possíveis falhas de segurança na penitenciária.
Caos penitenciário
O vice-presidente do sindicato diz ainda que há falta de investimento e de estrutura em todas as unidades penitenciários do Paraná, que operam "sempre no limite e superlotadas".
"É um bolo que vai fermentando. Lá no Maranhão já fermentou. Logo o caos penitenciário vai começar aqui", comenta, se referindo aos recentes casos de violência no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão.
2º caso em menos de um mêsEste é o segundo caso em que um agente penitenciário é mantido refém em presídios do estado em menos de um mês. Em dezembro, dois funcionários foram pegos por três detentos na Penitenciária Central do Estado (PCE), também em Piraquara. Os presos queriam transferência para presídios de Joinville, cidade natal deles.
O impasse durou mais de dez horas. Os detentos se entregaram depois que a transferência deles para presídios de Joinville foi definida. Ninguém ficou ferido no episódio.
Além disso, na última semana do ano passado, em Pinhais, houve uma rebelião no Complexo Médico Penal do Paraná, encerrada após o governo estadual atender algumas reivindicações dos detentos. Segundo a Seju, 40 presos foram transferidos para mais perto de suas famílias.
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