O índice de desmatamento este ano no Brasil será o menor dos últimos 20 anos. A afirmação é do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que anunciou nesta quinta-feira (24) a queda de 34% do desflorestamento em quatro Estados da região amazônica, comparando-se os meses de agosto deste ano e de 2008. No fim de 2009, o desmatamento em todo o País deverá ficar abaixo dos nove mil quilômetros quadrados. Ao comemorar os resultados, Minc aproveitou para criticar a política anterior do Ministério do Meio Ambiente, comandado então pela senadora Marina Silva (AC), nesta quinta-feira (24) no PV e pré-candidata à Presidência em 2010.
"Estava muito fácil, muito mole. O crime agora está deixando de compensar. O desmatamento está caindo porque estamos indo com tudo para cima. Até um ano, dois anos atrás, não havia operação 'boi pirata', não havia apreensão de tratores", afirmou Minc, que assumiu o Meio Ambiente em maio de 2008, após a saída de Marina. Ele explicou que os índices de desmatamento caíram porque o governo agora não se limita a multar os infratores: as instalações são destruídas com o recolhimento de equipamento como carros, tratores, guindastes.
"Estamos asfixiando os desmatadores", afirmou o ministro. "Este ano teremos o menor desmatamento dos últimos 20 anos. Em 1991 foram 11,1 mil quilômetros quadrados de desmatamento. Agora vamos ficar abaixo dos nove mil quilômetros", garantiu o ministro. "Só que o nosso desmatamento é ainda muito grande", lamentou Minc.
Segundo os dados divulgados nesta quinta pelo Ministério do Meio Ambiente, o índice de desmatamento na região da Amazônia atingiu, em agosto passado, 498 quilômetros quadrados de floresta, ante 756 quilômetros quadrados na mesma base de 2008. Em relação a julho último também houve queda, de 40%, mês em que o desmatamento atingiu 836 quilômetros quadrados.
O Pará é o líder em desmatamento: foram 301,18 quilômetros quadrados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). "Mais de 60% do desmatamento está no Pará", disse Minc. Na comparação com julho, o desflorestamento no Estado sofreu uma redução de 48%, quando foram identificados 577, seis quilômetros quadrados.
Depois do Pará, Mato Grosso, Rondônia e Maranhão são os maiores desmatadores da região amazônica. Juntos, os três somaram mais de 160 quilômetros quadrados de desflorestamento.
A maior redução ocorreu no Maranhão: 88% a menos em relação ao desmatamento de julho, passando de 37,6 quilômetros quadrados para 4,6 quilômetros quadrados. Já Rondônia sofreu aumento de 48%, enquanto no Mato Grosso houve queda de 15%.
Entre janeiro e agosto deste ano houve queda de 57% no desmatamento da Amazônia, comparado com o mesmo período em 2008. De janeiro até o início deste mês, as multas aplicadas pelo Ibama somaram R$ 1,166 bilhão. "Os desmatamentos são cada vez menores, fica difícil combater. Não adianta a gente embargar a área e não ter gente no local para ver se estão respeitando o embargo", observou o ministro, ao fazer um apelo para que o Congresso aprove rapidamente projeto de lei que cria mil novos cargos para o Meio Ambiente.
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