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Brasília – O PT e o PMDB estão formando um governo de coalizão, mas na Câmara os dois partidos estão longe de um acordo nas eleições para a presidência da Câmara. Os dois partidos querem o cargo, além de Aldo Rebelo (PCdoB), que deseja a reeleição.

O PMDB usa o argumento regimental de que elegeu a maior bancada (89 deputados) e o PT alega que um único partido não deveria presidir as duas Casas.

Enquanto os governistas brigam, crescendo o risco de uma nova confusão para o Planalto, a oposição espera para poder se posicionar.

A oposição quer um acordo, mas se a base do governo não se entender pode até lançar um candidato para tentar a sorte também na Câmara. No senado, o PFL já lançou José Agripino (RN) para concorrer com Renan Calheiros (PMDB-AL).

"Nós estamos esperando que o maior partido ou o maior Bloco parlamentar indique o candidato para presidir a Câmara. Nós estamos cobrando dos partidos governistas que eles definam um critério", criticou o líder do PSDB, deputado Jutahy Magalhães Junior (BA).

O governo Lula, a exemplo do que ocorreu em 2005, quando um outsider, Severino Cavalcanti, elegeu-se, está dividido. Os articuladores políticos do governo tem dois candidatos: Aldo Rebelo e o líder do governo da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Na terça-feira, o nome de Chinaglia deve ser oficializado pela bancada do PT. No dia seguinte será a vez da bancada do PMDB oficializar sua pretensão, deixando para a outra semana a escolha do candidato. Dois nomes são citados: os ex-líderes Eunício Oliveira (CE) e Geddel Vieira Lima (BA).

"O PMDB tem o direito de postular as presidências da Câmara e do Senado. O PMDB elegeu as maiores bancadas. Cabe ao partido na Câmara e no Senado construir e viabilizar suas candidaturas", afirmou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

"O PMDB deve reivindicar e tentar construir uma candidatura sólida. Somos a maior bancada. É preciso que alguém nos diga porque não pode ser do PMDB", acrescentou Geddel.

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