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Curitiba – Inaugurada em junho do ano passado, a CPI dos Correios arrisca terminar no dia 10 de abril sem a aprovação de um relatório final condizente com o andamento dos trabalhos assistidos pela opinião pública desde junho do ano passado.

Com a movimentação dos governistas para a apresentação de um relatório paralelo ao do relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), que prometeu ser implacável na citação dos envolvidos, paira o perigo da impunidade. Algo parecido ao que aconteceu no ano passado, quando a CPI da Terra terminou com dois documentos finais que não refletiram com precisão os dados de parlamentares porta-vozes de ruralistas e sem-terra.

Poucos imaginavam que a divulgação na mídia de uma fita de vídeo em maio de 2005, com imagens onde empresários pagavam suborno para ter facilidades em contratos com os Correios – dinheiro a ser usado em campanhas eleitorais –, daria no emaranhado de informações sobre corrupção levantadas pela comissão.

Como um cacho de cerejas, um fato puxou o outro até chegar à existência do famoso mensalão, termo criado pelo deputado federal cassado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ao se referir à compra de votos de parlamentares no Congresso com dinheiro vivo. A declaração desencadeou a cassação do deputado federal José Dirceu, o ex-chefe da Casa Civil, conhecido como o homem-forte do governo Lula. Segundo os sub-relatores, a investigação ainda tem provas de esquemas de corrupção feitas em estatais, fundos de pensão, bancos, empresas e contra Marcos Valério e Duda Mendonça.

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