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Paraná lidera relatório do TCU que aponta obras com indícios de irregularidades

Das 10 obras com problemas no Paraná, uma é a modernização e adequação da produção na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar-PR da Petrobras), que fica em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Todas as outras nove obras com indícios de irregularidades são do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit).

Tanto a Petrobras quanto o Dnit rebatem o relatório do TCU e afirmam que não há irregularidades nas obras citadas

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O Departamento de Infra-Estrutura de Transportes do Paraná (Dnit-PR) encomendou um projeto de viabilidade econômica e ambiental para a construção da BR-101 no litoral paranaense. A previsão é que o projeto fique pronto em quatro meses. O estudo, que ainda está em fase inicial, prevê a construção da rodovia que ligaria Garuva, em Santa Catarina, à BR-116, no Paraná quase divisa com São Paulo.

A BR-101 passa desde a cidade de Touros, no Rio Grande do Norte, até o município de São José do Norte, Rio Grande do Sul. A translitorânea corta estados do extremo norte ao sul, mas pelo Paraná ela não foi construída. De acordo com o superintendente do Dnit-PR, David Gouvêa, a discussão da construção da estrada pelo Paraná não é novidade. "Isso é um sonho muito antigo. A BR passa por todos os estados menos no Paraná", afirmou Gouvêa em entrevista à Rádio CBN.

Por outro lado, a passagem da BR-101 pelo Paraná provoca discussões acaloradas entre ambientalistas, pois a estrada iria cortar trechos da Serra do Mar e da Mata Atlântica protegidos por lei. O anúncio que o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes autorizou, em agosto, o início dos estudos da implantação da BR-101 no Paraná foi recebido com reticências e ceticismo pelo diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), Clóvis Borges.

"Esse anúncio de projeto é muito precário, ainda está no início do estudo. Coloco em dúvida a execução dessa obra", afirmou Borges. Segundo o Dnit-PR, o estudo se restringe à viabilidade técnica-econômica e ambiental da obra.

O projeto inicial da construção da BR-101 pelo Paraná foi apresentado ao Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setecepar), pelo Dnit-PR, na manhã de quarta-feira (19). A implantação da estrada é reivindicada há 20 anos pelo setor de transportes do Paraná. Segundo o engenheiro do Dnit-PR, Emerson Cooper Coelho, o trecho da BR-101 no Paraná, pelos atuais estudos, teria aproximadamente 170 km.

A estrada iria ligar a BR-116 - nas proximidades da Variante do Alpino, no Paraná, a 23 quilômetros com a divisa de São Paulo - com Antonina, no litoral paranaense; e Antonina a Garuva (SC). Segundo o Dnit, a estrada desafogaria as BRs 277 e 376, que dão acesso ao litoral do Paraná e de Santa Catarina.

Para o diretor da SPVS, a conservação ambiental será um ponto que deve encarecer muito a obra. "A proteção de faixa de Serra do Mar e planície litorânea, onde se pretende fazer essa BR, é muito rígida. Os investimentos para que isso se concretize seriam extremamente significativos. Antigamente era mais fácil abrir estradas. Até meados dos anos 80 a questão ambiental não era levada a sério. Hoje a história mudou e o Dnit sabe disso", concluiu Borges.

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