Em 2012, 11 jornalistas foram assassinados no Brasil, quase o dobro de 2011, quando foram registradas 6 mortes. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (17) pela Campanha Emblema para a Imprensa (PEC, na sigla em inglês), que defende mais proteção a jornalistas em locais de risco.
O número de jornalistas mortos no Brasil em 2012 é a metade do total de mortes nos últimos quatro anos. Desde 2008, 22 jornalistas foram mortos no País.
Segundo a instituição, com sede em Genebra, 2012 marcou um número recorde de assassinatos de jornalistas pelo mundo. No total, foram 139 mortes, em 29 países. O número mundial é 30% superior ao de 2011 e representa cerca de duas vítimas a cada semana. Na avaliação da entidade, este foi o ano mais sangrento para os jornalistas desde a Segunda Guerra Mundial. Em cinco anos, foram 569 jornalistas assassinados no mundo. Filipinas e México lideram a tabela.
O conflito na Síria pesou na conta geral. Pelo menos 36 jornalistas foram mortos no país, que vive uma guerra civil. Desses, 13 eram estrangeiros. Na Somália, o número chegou a 19. Já no Paquistão, 12 jornalistas perderam suas vidas. O México, em meio a uma guerra contra o narcotráfico, se iguala aos números do Brasil.
A lista de vítimas no País inclui os jornalistas Eduardo Carvalho (Última Hora, MS), Luis Henrique Georges e Paulo Roberto Cardoso Rodrigues (Jornal da Praça, MT), Anderson Leandro da Silva (Quem TV, PR), Edmilson de Souza (Rádio Princesa da Serra FM, SE), Valerio Luiz de Oliveira (Rádio Jornal 820 AM, GO), Decio Sá (O Estado do Maranhão, MA), Divino Aparecido Carvalho (Rádio Cultura AM, PR), Onei de Moura (Costa Oeste, PR), Mario Randolfo Marques Lopes (Vassouras na Net, RJ) e Laecio de Souza (Rádio Sucesso FM, BA). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.