Na primeira aparição publica após o rompimento de duas barragens de mineração em Mariana (MG), os diretores presidentes da Vale e da BHP Billiton declararam nesta quarta-feira (11) que criarão um fundo de assistência destinado às comunidades vitimas do acidente a ao ambiente.
As empresas controlam a Samarco, mineradora responsável pelas barragens do Fundão e de Santarém, que romperam na quinta (5) e deram origem a um “mar de lama” que chegou ao Espírito Santo. O presidente da Samarco, Rodrigo Vescovi, também participou da entrevista conjunta. Os três não deram detalhes sobre o fundo, nem falaram sobre valores.
Segundo Andrew Mackenzie, da BHP, a empresa anglo-australiana dará todo o apoio à Samarco para a reconstrução das casas e da comunidade de Bento Rodrigues, destruída pelos rejeitos de minério de ferro.
Sobre o plano de segurança, Vescovi disse apenas que ele foi integralmente cumprido. O presidente da Samarco não deu detalhes sobre o documento.
Foi informado ainda que a parte operacional da assistência ficará a cargo da Samarco, mas nenhum detalhe foi mencionado. “Não acreditamos no sucesso de qualquer coisa com comando múltiplo. A Vale e a BHP farão o papel de sócios: apoiar no que for preciso”, disse Murilo Ferreira, da Vale.
Ferreira disse que ainda não é possível apontar as causas do rompimento porque as averiguações estão “no início”.
Questionado sobre a ausência de declarações de representantes da Vale, Ferreira afirmou que esteve no local mais de uma vez desde o acidente e que a prioridade era oferecer suporte material.
Germano
Uma terceira barragem de Mariana, Germano, tem recebido reforço de segurança e está em situação “estável”, segundo o presidente da Samarco, Rodrigo Vescovi. “As estruturas não se moveram, mas precisam de reforços”, disse, sem dar detalhes.
A afirmação foi confirmada pelo major Cruz, do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, o dique da barragem tem sido “reforçado”, e o acesso da população às proximidades é restrito.