| Foto: /Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Um empresário foi preso na tarde desta segunda-feira (14), em Curitiba, suspeito de comprar vinho roubado. A Polícia Civil conseguiu seguir o veículo transportador da carga e chegou até o homem que, segundo a polícia, seria o “receptador” da carga. Ele é dono de um restaurante no bairro Batel, a Casa do Zé. Além do dono de restaurante, o motorista que levava os vinhos também foi preso.

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Segundo a polícia, a mercadoria que estava sendo entregue era parte de uma carga maior de vinho roubada em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 14 de janeiro, por indivíduos armados. Ao todo, aproximadamente mil caixas da bebida, avaliadas em quase R$ 200 mil, foram levadas pelo grupo. A suspeita da polícia é de que os produtos deveriam seguir para uma grande rede de supermercados da capital.

Durante a investigação e após denúncias anônimas, os policiais foram até um galpão que fica no bairro Xaxim, em Curitiba. Lá eles encontraram a carga roubada.

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“Ficamos monitorando o local até o momento em que saiu uma Kombi carregada com uma certa porcentagem desta mercadoria. Acompanhamos até descobrir o destino, quando, para a nossa surpresa, acabou dando em um restaurante no Batel”, explicou o delegado-chefe do 8º. Distrito Policial, Cassiano Aufiero.

Ao restaurante, foram levadas cerca de 60 caixas. O dono do estabelecimento e o motorista que transportou a carga foram presos em flagrante e autuados pelo crime de receptação qualificada. Se condenados, os dois podem pegar até oito anos de prisão.

As investigações continuam. A tentativa é descobrir o destino do restante de carga e identificar outros envolvidos.

Outro lado

Uma nota assinada pela defesa do proprietário da Casa do Zé classificou a prisão como uma “arbitrariedade cometida pela autoridade policial”. Segundo explica a nota, o suposto mal-entendido ocorreu porque um cliente do estabelecimento – o outro preso em flagrante – esteve no local, mas apenas ofertou garrafas de vinho ao proprietário, que não “ negociou a compra da mercadoria, e ainda, sequer sabia da origem ilícita da mesma”.

A defesa também contesta o motivo da prisão porque “não houve o flagrante de compra e venda da referida mercadoria”, explicaram os advogados, que já estão tomando as medidas judiciais cabíveis.

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