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Estação Pedro II, onde ocorreu o crime | Metrô/Governo de SP/ Divulgação
Estação Pedro II, onde ocorreu o crime| Foto: Metrô/Governo de SP/ Divulgação

Os dois suspeitos de agredir até a morte um ambulante numa estação do metrô de São Paulo já foram presos pela polícia. A primeira detenção ocorreu ainda na noite desta terça-feira (27) - dois dias após o crime - em uma favela em Vinhedo, a 77 quilômetros da capital paulista. O jovem, de 21 anos, foi flagrado por imagens do circuito de segurança da estação. O segundo suspeito foi preso pela polícia na zona leste de São Paulo na tarde desta quarta-feira (28). Ele estava em um prédio da Cohab, na região de Itaquera, e foi localizado após denúncia anônima. Os dois detidos são primos.

O vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, de 54 anos, foi espancado até a morte pelos dois homens na noite de domingo (25), dia de Natal.

Os dois rapazes teriam sido repreendidos por uma travesti, por ter urinado em um canteiro do lado de fora da estação. A dupla, então, passou a discutir com ela e a agrediram.

A polícia disse ainda que o morador de rua Edvaldo da Silva, que estava próximo, também apanhou. Ruas tentou intervir para acabar com a briga, mas os primos se voltaram contra ele.

Segundo o boletim de ocorrência, a vítima, que há cerca de 20 anos trabalhava como ambulante vendendo salgadinhos e refrigerantes na frente da estação, começou a ser agredida e tentou correr para a bilheteria do local, mas levou vários socos.

Mesmo depois de cair no chão e ficar desacordado, Ruas recebeu uma série de socos e chutes por todo o corpo, inclusive na cabeça. Os agressores chegaram a deixar o local e voltar minutos depois para dar sequência às agressões. Ele chegou a ser socorrido por agentes de segurança do metrô e levado para o hospital, onde morreu.

Outro lado

O advogado de defesa dos agressores, Marcolino Nunes Pinho, alega que os dois agiram em legítima defesa porque foram assaltados na região e, por isso, se envolveram na briga. O vendedor ambulante teria entrado na confusão e atirado uma garrafa de vidro na cabeça de um deles.

“A região tem vários viciados em drogas e eles foram para cima dos dois, roubando o celular [de um dos agressores]. Ele está com vários ferimentos. Só não fez o Boletim de Ocorrência por causa da briga, mas irá fazer”, disse Pinho.

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