Assembleia que aprovou indicativo de greve ocorreu nesta quinta-feira (21), na Praça Carlos Gomes, Centro de Curitiba| Foto: Manoel Ramires / Sismuc

Os educadores que trabalham nas creches de Curitiba, chamadas de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), ameaçam entrar em greve e paralisar o atendimento a partir de terça-feira (26). Uma reunião com a prefeitura na segunda-feira (25), às 9 horas, ainda ocorre antes da assembleia final da categoria, mas o sindicato que representa a classe diz que dificilmente haverá acordo.

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As informações são da assessoria de imprensa do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc). O indicativo de greve foi aprovado na noite desta quinta-feira (22), em assembleia realizada na Praça Carlos Gomes, Centro de Curitiba. Cerca de 150 pessoas participaram da votação e a próxima assembleia da categoria, de caráter organizativo (para definir como será a greve), está marcada para as 19 horas de segunda-feira, na sede do Sismuc.

O impasse que pode provocar a paralisação nos CMEIs envolve questões salariais e revisão nos benefícios dos educadores (das creches), para que sejam iguais aos concedidos aos professores e pedagogos (das escolas municipais). Um debate sobre o assunto é realizado por representantes dos educadores e prefeitura desde janeiro, mas, segundo o sindicato, a pauta avançou em um ritmo mais lento que o esperado pela categoria.

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Um dos pontos da pauta - equidade entre profissionais de creches e de escolas - é o fato de de que os educadores têm jornada mínima de 40 horas – diferente dos professores, que tem jornada de 20 horas. Com isso, os professores acabam dobrando a jornada e tendo um salário maior que os dos educadores. Aliado a essa mudança, a classe que ameaça greve quer que o salário (atualmente em R$ 1.830, por 40 horas) alcance o piso do professor (R$ 3.062, por 40 horas).

Outro aspecto que está na lista de reivindicações é a questão da hora-atividade de 33% do tempo total da carga-horária do profissional de educação das creches. Os profissionais também querem a aposentadoria especial igual a dos professores (depois de 25 anos de trabalho), entre outras exigências.

Prefeitura

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Curitiba para obter informações sobre o assunto, mas ninguém retornou até o final da tarde desta sexta-feira (22).

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