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Educadores se concentram na praça Carlos Gomes antes de sair em passeata | Luis Henrique Scimanna/Gazeta do Povo
Educadores se concentram na praça Carlos Gomes antes de sair em passeata| Foto: Luis Henrique Scimanna/Gazeta do Povo

Os educadores que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), também conhecidos como creches, continuam em greve pelo terceiro dia consecutivo nesta quinta-feira (20) em Curitiba. No fim desta quarta-feira (19), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curiti­­­ba (Sismuc), que representa a categoria, entrou com um recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que declarou o movimento ilegal e estabeleceu multa diária de R$ 80 mil, em caso de descumprimento. No entanto, o sindicato disse estar disposto a arcar com a sanção pela continuidade da paralisação.

Os educadores se concentraram nesta manhã na praça Carlos Gomes e às 10h30 saíram em passeada, rumo à Prefeitura de Curitiba. Em carta a ser enviada à administração municipal, eles pedem uma mesa de negociação diretamente com o prefeito Gustavo Fruet. No fim da tarde, Fruet se dispôs a atender alguns dos representantes, mas não houve nenhuma reunião. Segundo a prefeitura, os educadores disseram que haviam esperado muito tempo e que, em assembleia, decidiram fazer uma vigília durante a noite em frente da sede do Executivo municipal.

A Secretaria de Educação informou que a adesão da greve diminuiu nesta quinta. Segundo balanço desta manhã, 26 dos 199 CMEIs estavam fechados. Outros 173 estão abertos, sendo 132 de forma parcial e 41 com quadro completo. Na quarta, 42 creches não abriram pela manhã. A coordenadora geral do Sismuc, Ana Paula Cozzolino, rebate esse número e diz que a adesão continua igual.

A prefeitura também informou que quase 70% das 26 mil e 800 crianças atendidas nas creches não compareceram as aulas nesta manhã, o que aponta que há um grande número de pais que não estão levando seus filhos aos CMEIS.

Impasse

O ponto de impasse nas negociações é o pedido da categoria pela redução da jornada de trabalho dos educadores de 40 para 30 horas semanais. A secretaria diz que não tem como resolver a questão neste momento, mas garantiu que, até 23 de abril, vai apresentar estudo dos impactos financeiros que a redução geraria, principalmente com a necessidade da contratação de mais profissionais. Uma das saídas é a proposta do plano de carreira, que está em estudo.

Outros pontos como aposentadoria especial para professor de educação infantil, piso salarial, processo de escolha direta para diretores dos CMEIs e homologação de novo concurso púbico para a categoria tiveram sinalização de possíveis avanços, segundo nota da prefeitura.

Justiça declara greve ilegal

O juiz de segundo grau de plantão Jefferson Johnson, que aceitou a ação da prefeitura pedindo a volta dos educadores ao trabalho na manhã de quarta, entendeu que a greve foi "abusiva" por ter sido iniciada em meio às negociações e por causar prejuízo à sociedade.

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