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Curitiba

Greve de educadores deixa 7,3 mil crianças sem creche nesta terça

Educadores que trabalham nas creches de Curitiba, chamadas de Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), começaram uma greve que deixa 7,3 mil crianças sem atendimento nesta terça-feira (18). A prefeitura informou que 61 das 199 creches da cidade estão totalmente fechadas. Em dias de funcionamento normal, 28 mil crianças estão matriculadas nos CMEIs. O movimento acontece porque a categoria exige que seus direitos sejam iguais aos dos professores da rede municipal.

O grupo de manifestantes começou a se reunir por volta das 9 horas na Praça Eufrásio Correa, que fica ao lado da Câmara Municipal de Curitiba. O grupo tem intenção de seguir até a prefeitura, no Centro Cívico, em passeata. O horário previsto para a chegada dos manifestantes neste último local é meio-dia. Às 10 horas, o grupo já tinha começado a se locomover e afetava o trânsito na Rua Barão do Rio Branco, entre a Avenida Visconde de Guarapuava e a Avenida Sete de Setembro. Eles dizem que vão tentar ser recebidos para uma reunião de negociação com a administração municipal.

No total, de acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), há cerca de 4 mil educadores na capital, que trabalham em 197 creches. Eles têm carga-horária de 40 horas e um salário 20% maior que um professor que trabalha 20 horas. A entidade de classe diz que 68% dos educadores da prefeitura têm nível superior, mas não recebem salário compatível com a formação.

O Sismuc diz que o movimento com início hoje foi uma retomada da mobilização que já ocorreu em novembro do ano passado. Na ocasião, os educadores pediam que a jornada de trabalho fosse reduzida para 30 horas semanais, mas a prefeitura dizia não ser possível. O argumento é de que a redução exigiria a contratação de 7 mil novos educadores, o que oneraria a folha de pagamento em cerca de R$ 21 milhões por mês.

Após várias rodadas de negociação, a greve foi suspensa depois de uma sinalização da prefeitura de continuar as conversas. Os educadores, agora, dizem que a pauta não avançou e que por isso deflagraram a greve por tempo indeterminado.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Educação às 9h30 e aguarda retorno com as informações sobre a greve dos educadores.

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