O presidente da Eletrobras, José Antonio Muniz Lopes, afirmou nesta terça-feira que a Chesf vai analisar o relatório preliminar que aponta as causas do apagão ocorrido na semana passada e que deixou às escuras oito estados do Nordeste. "A Chesf vai avaliar com cautela e vai rebatê-lo", disse. Segundo Muniz, foi apurado que houve um "defeito no sistema de proteção" de aparelho de transmissão. Ele descartou qualquer erro humano no procedimento, já que o acionamento dos transmissores é feito automaticamente.

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"A Chesf vai buscar internamente um consenso para chegar às suas conclusões e só depois responder ao Ministério. Mas mais importante que buscar culpados neste momento é ter visão sistêmica, e entender o porquê houve erro de qualquer maneira para evitar uma futura falha", disse. Na tentativa de embasar sua tese, Muniz chegou até a recorrer a uma comparação: "É como numa queda de avião. Ninguém quer buscar os culpados, mas tentar evitar possíveis acidentes semelhantes".

O diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Hermes Chipp, e o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia Marcio Zimmermann, esquivaram-se e não quiseram comentar o relatório. "É um relatório ainda preliminar, que o ministro vai analisar, passar para a Chesf para que a empresa analise e responda. Apenas o ministro está autorizado a falar sobre o assunto", disse Chipp, ao deixar a cerimônia de posse do novo presidente de Furnas Centrais Elétricas. Mesma posição teve Zimmermann, que sequer confirmou a existência de falhas técnicas encontradas no procedimento da Chesf, e que teriam levado ao apagão.

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