A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (29) uma nova operação de combate ao tráfico internacional de drogas. Batizada de Quijarro, a investigação tem ações em três estados: Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná - que se torna novamente palco de buscas para desarticular organização criminosa internacional de tráfico de entorpecentes. Na terça (28), uma operação no Oeste do estado desarticulou uma quadrilha atuante na região fronteiriça que era responsável por introduzir, armazenar e enviar cocaína e maconha para grandes centros consumidores do Brasil.
Segundo informações da Polícia Federal, no Paraná, a operação se concentrou nas cidades de Londrina e Araucária. Cerca de 150 policiais federais tinham ordens de cumprir 81 mandados judiciais, sendo 14 de prisão preventiva, 17 de busca e apreensão em imóveis, 43 de busca e apreensão de veículos e sete de condução coercitiva. Nos demais estados, foram alvo as cidades de Corumbá, Martinópolis, Presidente Prudente e São Paulo.
De Londrina para o Brasil
De acordo com as investigações, que começaram em janeiro de 2015, um dos grupos responsáveis pela logística do transporte da cocaína estava instalado na cidade de Londrina, possuindo ramificações no Brasil, Bolívia, Colômbia e Espanha.
A Polícia Federal, em cooperação internacional com a polícia boliviana, conseguiu realizar a prisão dos traficantes mais procurados daquele país, responsáveis pelo ingresso de duas toneladas de cocaína por mês no Brasil.
A cocaína era transportada em caminhões e carretas com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, utilizando-se da simulação de cargas lícitas para driblar a fiscalização, bem como de motoristas que já tinham conhecimento de que transportavam a substância entorpecente.
Durante os trabalhos mais de três toneladas de cocaína foram apreendidas, cerca de 10 milhões de dólares foram sequestrados do Núcleo boliviano e foram identificados no Brasil os imóveis que eram utilizados como entrepostos para o carregamento, descarregamento e confecção de “fundos falsos”.
Foram sequestrados até o presente momento sete imóveis no Brasil e bloqueadas diversas contas bancárias dos investigados.
Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados, furto, roubo, homicídio e organização criminosa, com penas somadas que passam de 20 anos de prisão.
A denominação operação Quijarro é uma referência ao fato de que a organização criminosa investigada efetuava o ingresso da cocaína no Brasil através da cidade de Puerto Quijarro, na Bolívia, fronteira com a cidade de Corumbá (MS).
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