Os agentes penitenciários decidiram em assembleia nesta quinta-feira (28) desistir da greve da categoria. A medida foi tomada porque o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) determinou o movimento paredista ilegal. O sindicato da classe trabalhista relatou que, diante disso, o clima de hostilidade nas unidades prisionais por parte dos internos aumentou e não havia mais condições de manter a segurança dos agentes. Mesmo com a volta ao trabalho, o sindicato pretende recorrer da decisão da Justiça e tentar obter o direito de se manifestar por meio da greve.
Petruska Sviercoski, presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), relata que depois da decisão judicial ter sido divulgada, o Departamento de Execuções Penais (Depen-PR) se comprometeu a seguir o caderno de segurança dos agentes. “O Depen se comprometeu a não pressionar para que atividades aconteçam passando por cima das normas de segurança. Eles também disseram que vão aumentar o policiamento no entorno das unidades, com mais policiais nas guaritas”, conta.
Ela ainda explica que com isso algumas atividades nos presídios podem ficar prejudicadas. Petruska esclarece que ao longo de um dia, a movimentação de detentos nas unidades prisionais é intensa. “Temos vários espaços, como pátio de sol, escola e setor de trabalho. Quando tem que tirar presos para cumprir essas atividades, se exige um número mínimo de agentes”, diz. De acordo com a presidente, a situação acaba exigindo que um agente passe por cima de normas de segurança para que trabalhos sejam feitos, porque há um número insuficiente de funcionários. “Agora os agentes decidiram que não vão mais passar por cima de normas de segurança para cumprir os trabalhos e nesses casos as tarefas não serão feitas”, explica.
Na semana passada, quando a greve ainda estava em vigor, a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária (Sesp) defendeu que tem investido constantemente em segurança para os agentes, com a compra de radiocomunicadores e coletes balísticos. A pasta citou ainda a regulamentação do porte de arma para agentes e a manutenção nos portões internos das unidades como benefícios à categoria.
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