O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), publicou nesta quinta-feira (28) um vídeo em suas redes sociais para defender a proposta de reajuste salarial parcelado, feita pela sua administração e rechaçada por servidores públicos do estado, em especial professores. O Executivo oferece 3,45% de correção relativa a inflação do final de 2014, parcelado em três vezes (1,15% em setembro, 1,15% em outubro e 1,15% em novembro) mais uma correção da inflação de 2015, estimada em 8,5%, a ser paga em janeiro de 2016.
Segundo Richa, a proposta é séria e a máxima possível para o momento. O mandatário afirmou que ela seria “irrecusável” dadas as “circunstâncias da crise econômica que vive o Brasil hoje”.
O governador disse que foi “supreendido, mais uma vez” com a recusa da APP-Sindicato.”Estou convencido de que essa atitude ultrapassou a defesa dos interesses salariais dos professores e passou para o terreno da disputa política. A APP-Sindicato, todos sabem, segue a cartilha do PT. E ao PT, não interessa o diálogo, o entendimento. Interessa continuar a greve”, afirmou Richa.
“Temos crianças e jovens que estão sem aulas e sofrem um grande prejuízo em sua formação”, completou o governador.
Richa ressaltou, mais uma vez, que deu aumento de 60% aos professores nos últimos quatro anos, no que classifica como o “maior aumento do Brasil”. “Pelos nossos alunos, eu faço um apelo aos professores e servidores: vamos deixar de lado a intransigência e vamos voltar ao trabalho”, disse o governador, pedindo para que o impasse termine o “mais rápido possível”.
Assista ao vídeo postado pelo governador:
Quero compartilhar com vocês o vÃdeo abaixo em que explico detalhadamente a nossa proposta de reajuste salarial do funcionalismo público estadual e faço um apelo aos professores para que voltem à s salas de aula. A intransigência e o radicalismo só interessam à APP-sindicato, dominada pelo PT.
Posted by Beto Richa on Quinta, 28 de maio de 2015
Leia o discurso do governador:
“Meus amigos e minhas amigas, apresentamos uma nova proposta de aumento salarial para os professores e servidores estaduais. Refizemos cálculos e remanejamos orçamentos para dar ao funcionalismo o máximo que podemos. A proposta é um aumento de 12% até janeiro, a ser aplicado da seguinte forma: 3,45% parcelados em três vezes, em setembro, outubro e novembro. Esse índice repõe a inflação pendente de 2014. Depois, em janeiro de 2016, aplicamos o reajuste com base na inflação de 2015, o que deve significar mais cerca de 8,5%.
Como você pode ver, é uma proposta séria, nos limites de nossas possibilidades, irrecusável nas circunstâncias da crise econômica que vive o Brasil hoje. Mas eu fui surpreendido mais uma vez com a recusa da APP-Sindicato. E quero dizer a vocês que estou convencido de que essa atitude ultrapassou a defesa dos interesses salariais dos professores e passou para o terreno da disputa política. A APP – Sindicato, todos sabem, segue a cartilha do PT. E ao PT não interessa o diálogo, o entendimento, interessa continuar a greve.
Temos crianças e jovens que estão sem aulas e sofrem um grande prejuízo em sua formação. Por isso, é preciso ter responsabilidade, muita responsabilidade. Conscientes do nosso papel, procuramos fazer o melhor para atender os professores, que já receberam um aumento de 60% nos últimos quatro anos, o que representa o maior aumento do Brasil.
Mas agora é hora de voltar para a sala de aula. Pelos nossos alunos, eu faço um apelo aos professores e servidores. Vamos deixar de lado a intransigência e vamos voltar ao trabalho. É o que eu peço com sincera esperança de que esse impasse termine o mais rápido possível.”