Nas últimas cinco semanas, o número de casos confirmados de dengue em Maringá aumentou em 510. De 3.086 casos positivos em 16 de julho, o número saltou para 3.596 em 13 de agosto. Segundo o secretário da Saúde de Maringá, Antonio Carlos Nardi, os dados são referentes aos meses de abril e maio, quando o município passou por uma epidemia.

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Uma das justificativas apresentadas para o grande crescimento, de acordo com Nardi, é a alta demanda de exames a serem realizados pelo Laboratório de Ensino e Pesquisa de Análises Clínicas (Lepac), da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A unidade atende as solicitações dos 30 municípios da 15ª Regional de Saúde. Em razão do grande número de pedidos, o Lepac atrasou a realização dos exames e a divulgação dos resultados das amostras de pacientes suspeitos de dengue. "Entre 16 de julho e 13 de agosto, o município teve, apenas, 22 casos notificados de dengue", ressaltou.

Segundo o bioquímico Paulo Donizete Zanzarini, do Lepac, a quantidade de amostras enviadas pelos municípios entre março e julho foi muito superior à capacidade de execução dos exames, de modo que muitos dos materiais ficaram estocados por semanas. O Lepac não divulgou o número de amostras encaminhadas neste período.

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Zanzarini afirmou ainda há amostras estocadas para serem avaliadas. Por isso, o número de casos de dengue confirmados em Maringá deverá aumentar mais nas próximas semanas.

Realidade

O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Lira), divulgado em junho, revelou que o cenário não era tão preocupante em Maringá. O índice era de 0,5%, quando o máximo aceito pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 1%. Em abril, o Lira apontou 1,6%.

Em junho, apenas duas regiões ultrapassaram o limite máximo de tolerância da OMS. As regiões formadas pelos bairros Residencial Champagnat, João Paulino, Branca Vieira, Oásis, Pinheiras e Colina Verde e pelos bairros Morangueira, Léa Leal e Alvorada III atingiram índice de 1,1%.

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