Em cinco anos, o número de pessoas vivendo em áreas de risco em Curitiba deverá ter uma redução de 86%, segundo a prefeitura. Em 2007, um levantamento mostrou que 13.136 mil famílias moravam na beira de rios e corriam risco de alagamento. O Plano Municipal de Habitação previu que elas fossem relocadas e verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e recursos obtidos a partir de financiamentos internacionais permitiram que metade tivesse a construção de novas moradias garantida. Até 2012, restarão 1.828 domicílios que ainda vão precisar de verba para serem atendidos.
A diretora técnica da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), Teresa Oliveira, diz que as informações já existiam, mas estavam dispersas em várias secretarias. Com o auxílio do Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) houve um levantamento completo.
Na capital, assim como no restante do estado, o maior problema são os alagamentos. Há ainda famílias que vivem sob linhas de alta tensão. Após o levantamento, a Cohab decidiu agir por bacias hidrográficas e separar os casos mais graves. A relocação levou em conta aspectos como a situação dos lotes, a urbanização e o adensamento populacional, e 43 vilas passam por intervenções. O Rio Barigui teve prioridade em função do volume, assim como os bairros Atuba, Ribeirão dos Padilhas e a Vila Audi-União.
O trabalho também pretende impedir novas ocupações. A capital conseguiu reduzir o ritmo de 149 por ano, durante a década de 80, para 6 nos últimos dez anos. Para isso, há um investimento de criação de parques e praças, replantio de árvores, ciclovias e recomposição de margens de rios.
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