A greve dos servidores administrativos da Polícia Federal (PF) no Paraná, que completa uma semana nesta terça-feira (2), pode ter um dia decisivo. A partir das 20 horas, haverá uma reunião em Brasília entre o comando de greve e os ministérios do Planejamento e da Justiça. Em Curitiba, a categoria está concentrada na Associação dos Servidores da Polícia Federal (ASPF), no Alto da Glória, onde permanecerá para aguardar o resultado do encontro e definir os rumos da greve.

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"Vamos ver se eles apresentam uma proposta concreta. Ontem (segunda-feira 1), eles praticamente tentaram dissuadir o pessoal a sair da greve", afirma a representante sindical do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Nacional de Cargos da Polícia Federal (Sinpec-PF), Carmem Kappout. A paralisação, iniciada no último dia 25 pelo Sinpec-PF, tem por objetivo reivindicar a reestruturação do Plano Especial de Cargos da PF e um concurso, para o próximo ano, para a contratação de três mil novos servidores para o Brasil inteiro.

A categoria é responsável por atividades nas áreas administrativas, financeira, de recursos humanos e de emissão de passaportes entre outras funções. São funcionários contratados por meio de concurso público, em nível médio e superior.

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Trabalho por escala

Segundo Carmem, os servidores do Paraná estão mantendo os 30% do efetivo trabalhando e as atividades são em regime de escala. Em Curitiba, são 56 servidores administrativos da PF. "No Paraná inteiro chegamos a 80. Em Curitiba, apenas três pessoas não aderiram à paralisação", afirma.

Para a população não ser prejudicada com a greve, de acordo com Carmem, foi implantado o regime de escala. "Mesmo assim, dependendo do dia um tipo de serviço vai sofrer uma redução no atendimento. O desempenho será afetado", explicou a representante sindical.

Além de Curitiba, as delegacias de Foz do Iguaçu, Cascavel e Guaíra (Oeste), Guarapuava (Centro), Maringá (Noroeste), Londrina (Norte) e Paranaguá (Litoral) também enfrentam greve dos servidores administrativos da PF.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal em Brasília, desde o início da greve, a questão está sendo trabalhada em conjunto com o Ministério do Planejamento e da Justiça. Os ministérios não estão se pronunciando sobre a greve.

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