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Dilma participou neste sábado (13) do mutirão nacional de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya . | Roberto Stuckert Filho/AFP
Dilma participou neste sábado (13) do mutirão nacional de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya .| Foto: Roberto Stuckert Filho/AFP

A presidente Dilma Rousseff (PT) disse neste sábado (13), em ação de combate ao mosquito transmissor do vírus da zika, que o país viveu “décadas de abandono” no saneamento público. Ela visitou uma favela em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, para lançar a campanha nacional de mobilização contra o Aedes aegypti. A ação ocorre em mais de 350 cidades do país e conta com 220 mil integrantes das Forças Armadas, além da presença de ministros em diversos municípios.

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“No passado, ganhamos a guerra contra a febre amarela e agora vamos ganhar a guerra contra o vírus da zika. Estamos correndo atrás de décadas de abandono na questão do saneamento”, disse. A presidente usava um boné e uma camiseta com a inscrição “Zika zero”. “Estamos em busca de uma vacina, mas enquanto isso vamos pra rua eliminar esse mosquito. Ele não pode viver”, afirmou.

“A campanha é pelo aumento da conscientização de cada um. Sozinhos não damos conta se a população não nos ajudar. Para todos nós sermos saudáveis, o mosquito da zika não pode nascer”, acrescentou a presidente.

Ao lado do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), a presidente caminhou pela favela do Zeppelin, comunidade de 7.000 moradores próxima à base aérea de Santa Cruz.

No momento em que ela iniciava a visita, assessores da Presidência ainda cuidavam de uma operação de maquiagem iniciada na véspera. Segundo moradores, um terreno abandonado foi limpo e faixas eram penduradas nas casas das pessoas.

“Começaram a fazer coisas que nunca fizeram aqui. Ontem limparam o terreno. A vinda dela serviu para isso”, comentou a dona de casa Diana Amorim Gonzalez, 20, que teve zika há um mês.

Em Belo Horizonte, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) disse que não haverá cortes no orçamento deste ano para combater a epidemia. “Nós vamos cortar em outras coisas”, afirmou, sem detalhar valores.

Acompanhado do prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda (PSB), e de agentes de saúde, Barbosa visitou três casas de um bairro de classe média da cidade.

Nas seis primeiras semanas de 2016, foram identificados 2.300 casos de dengue em Belo Horizonte. Outros 7.000 são investigados. Não houve registros de zika e chikungunya.

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São Paulo

Com a presença do ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues (PR), o prefeito Fernando Haddad (PT) participou de nebulização com veneno em casas em Guaianases, na zona leste, onde foram detectados focos dengue. Na ocasião, o prefeito anunciou que a cidade utilizará, a partir da próxima semana, um drone para ajudar no mapeamento de focos de contaminação do Aedes aegypti. Equipes recorrerão ao aparelho onde houve detecção de casos e em casas fechadas. “O drone é a exceção. A regra é a visita. Tem um foco ali e a casa está fechada, não se localiza o dono”, disse o prefeito.

Em Santana, na zona norte, militares abordaram moradores na porta das casas. De acordo com o coronel Marcos Ribeiro, chefe do serviço regional de saúde do IV Comar, os militares vão começar a entrar nas residências com agentes de saúde e efetivamente atacar os criadouros do mosquito.

A mobilização, segundo o Governo Federal, faz parte do plano criado para enfrentar o mosquito e a microcefalia. Caracterizada por uma má-formação cerebral, a doença é associada ao vírus zika, transmitido pelo Aedes.

Há 462 casos de microcefalia confirmados no país e 41 deles tiveram resultado positivo para o zika em novos testes, o que reforça a suspeita de que estejam relacionados a uma infecção pelo vírus. Os demais ainda não tiveram os resultados divulgados.

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