Uma reunião fechada, que começou no início da manhã desta sexta-feira (18) na Reitoria, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) discute meios de manter a realização da 2.ª fase do vestibular da instituição em meio a um protesto estudantil que já ocupa nove prédios. Segundo a assessoria de imprensa da universidade, o encontro, marcado de última hora, vai avaliar o quadro das ocupações e as consequências jurídicas de todas as medidas que possam vir a ser tomadas.
Estão reunidos, além do reitor Zaki Akel Sobrinho, membros da Pró-Reitoria de Graduação, da comissão montada para negociar com os estudantes, do Núcleo de Concursos e da Procuradoria Federal. Alunos não integram a conversa, que não tem previsão para acabar. Por causa de uma reunião, uma coletiva de imprensa que estava marcada para esta manhã, em que a UFPR iria se posicionar sobre os protestos e também sobre a realização do vestibular, foi cancelada.
A assessoria de imprensa ressaltou ainda que domingo (20) é o prazo máximo que a universidade e os alunos têm para chegarem a um acordo sobre as ocupações. Caso contrário, o Núcleo de Concursos teria de rever os locais de provas, já que o reitor afirmou que não vai abrir mão da realização do vestibular.
Seleção
A 2.ª fase da UFPR será realizada nos dias 27 de novembro (para todos os cursos) e 28 de novembro (para as graduações que exigem prova de conhecimentos específicos). Cerca de 15 mil candidatos devem participar desta etapa, a última do processo seletivo.
Na semana passada, o reitor havia destacado que continuaria a optar pelo diálogo, em detrimento a eventuais medidas judiciais, para tentar a desocupação dos prédios. Conforme a Universidade, estão ocupados os prédios Dom Pedro I e Dom Pedro II, no campus Reitoria; dois outros prédios no campus Jardim Botânico (um de Educação Física e outro que abriga Terapia Ocupacional e Enfermagem); três imóveis no campus Politécnico, um no Departamento de Artes e um no Setor Litoral.
Protesto
As ocupações na Universidade Federal do Paraná começaram no dia 24 de outubro, no campus Reitoria. O movimento foi iniciado por alunos do curso de Pedagogia, mas logo depois foi endossado por estudantes de todas as áreas.
A briga é contra a PEC 55 (241), que promove o congelamento dos gastos públicos, e a MP 746, que trata da reforma do ensino médio, os estudantes pedem a revogação da resolução universitária que trata sobre o jubilamento.
A resolução define que os alunos com desempenho acadêmico insuficiente, reprovação por frequência na totalidade das disciplinas ou que ultrapassem o prazo máximo para a conclusão – de acordo com o projeto pedagógico de cada curso – terão o registro acadêmico cancelado, podendo voltar à universidade por meio do Processo de Ocupação das Vagas Remanescentes (Provar).
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