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Embora não tenham ficado satisfeitos com as reuniões com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) decidiram encerrar as negociações por reforma agrária em Curitiba nesta quinta-feira (13).

Depois de não conseguirem do órgão o compromisso de assentamento das cinco mil famílias acampadas no Paraná, os sem-terra conversaram nesta manhã com dirigentes do Incra sobre as áreas que serão consideradas prioritárias para regularização no estado. Ao fim do encontro, ficaram definidas como prioritárias áreas com capacidade suficiente para assentar 1.267 famílias até o fim do ano, de acordo com os cálculos do órgão.

Cerca de 40 sem-terra participaram da reunião no Incra, que começou às 9h30 e durou cerca de três horas. Segundo a Diretoria de Trânsito (Diretran) da Urbanização de Curitiba S.A.(Urbs), uma das três faixas da Rua Dr. Faivre foi bloqueada por cerca de dez outros agricultores, mas o trânsito não chega a ser prejudicado no trecho.

Para esta quinta-feira não estão previstas outras ações do MST em Curitiba. Segundo a assessoria de imprensa do movimento, o grupo de cerca de 700 sem-terra de todo o estado que está na capital paranaense desde a terça (11) deve participar de mais uma manifestação nesta sexta-feira (14), mas sem relações com a questão agrária. O MST apoiará um ato público que será realizado no Centro de Curitiba a partir das 8 horas contra os efeitos da crise econômica mundial.

Segundo a assessoria de imprensa do Incra, há processos para assentar até mais de cinco mil famílias, mas a dificuldade em obter liberações judiciais e orçamentárias para compra de terrenos impede um compromisso do órgão.

As negociações em Curitiba fizeram parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, que incluiu protestos em 12 estados e no Distrito Federal. Em Brasília, os sem-terra também saíram decepcionados de uma reunião, na quarta-feira, pelo mesmo motivo dos paranaenses: o governo federal não se comprometeu a assentar as 90 mil famílias brasileiras acampadas atualmente. Uma nova reunião na capital federal está agendada para o dia 18.

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