Paralisado desde a última quinta-feira (18), o setor de urgência e emergência do Hospital Evangélico de Curitiba voltou a receber pacientes às 19 horas desta quarta-feira (23). Na volta ao trabalho, os servidores da seção serão supervisionados e fiscalizados por uma equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo o secretário Adriano Massuda, o objetivo é garantir que os serviços contratados pela prefeitura estão sendo prestados pelo hospital.
"Combinamos com a direção do hospital que a nossa equipe vai fazer este acompanhamento assistencial. Não é uma intervenção. É um acompanhamento, para avaliar se os contratos estão sendo cumpridos", ressalta Massuda.
Nesta quarta-feira, um acordo entre a Secretaria e a direção do Evangélico pôs fim à paralisação. Funcionários ds centros Comunitário e de Especialidades do Bairro Novo ambos ligados ao Evangélico continuam, no entanto, em greve.
A expectativa, segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), é de que os pagamentos dos funcionários das unidades do Bairro Novo sejam feitos ainda nesta quinta-feira (24). Se as dívidas forem quitadas, os centros voltam a funcionar normalmente.
Segundo Massuda, a Secretária de Saúde herdou uma dívida com o Hospital Evangélico de R$ 3,2 milhões, deixada pela gestão anterior da pasta. Para chegar a um acordo, a Secretaria antecipou R$ 4,2 milhões, em repasses referentes a serviços de média complexidade realizados em janeiro.
"Os atrasos nos repasses é uma situação que vinha se arrastando a anos. A antecipação de recursos foi a alternativa que encontramos para que cessassem os problemas na prestação dos serviços contratados", disse o secretário.
Greve afetou outras unidades
A paralisação do setor de urgência e emergência do Evangélico e dos centros Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo causaram reflexos no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira. Em 24 horas, o movimento na unidade metropolitana teve aumento de 30%, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.
De acordo com o supervisor de enfermagem do Angelina Caron, Homero Benites, a emergência do hospital, que recebe em média 200 pacientes por dia, pode atender nesta quarta-feira até 80 casos a mais se o fluxo permanecer o mesmo. Casos clínicos em que o paciente procura a instituição para realizar consultas de casos menos graves (eletivas) estão sendo reagendados.
"Muitos pacientes estão chegando à emergência, porque o Evangélico não atende, então eles vêm para cá. De manhã, atendemos 50 pessoas a mais do que o normal", disse o supervisor.
Greve no Hospital Evangélico
O setor de urgência e emergência do Hospital Evangélico está parado desde a última quinta-feira (18). No Centro Comunitário e do Centro de Especialidades do Bairro Novo, retomaram a paralisação na terça-feira (22).
Durante a tarde de terça-feira, cerca de 70 servidores dessas unidades fizeram um protesto em frente ao prédio do Evangélico, no bairro Bigorrilho, de Curitiba. Eles permaneceram no local por mais de duas, como forma de pressionar a liberação dos pagamentos atrasados.
Secretaria vai aparelhar CMUMs para desafogar emergências
A Secretaria Municipal de Saúde anunciou, nesta quarta-feira, uma medida para desafogar os três hospitais que compõem o sistema de urgência e emergência de Curitiba: o deslocamento de ortopedistas para os oito Centros Municipais de Urgências Médicas (CMUMs). Eles vão atender vítimas de traumas que, normalmente, seriam levados a hospitais.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora