• Carregando...

Uma reportagem do ParanáTV desta terça-feira (25) mostra que em um dos endereços onde funcionaria uma das empresas envolvidas com a máfia das sanguessugas, a Vedovel, no bairro Boqueirão, em Curitiba, há, no local, quatro residências de madeira. Oficialmente, a empresa tinha sede na capital desde 2001. Mas, segundo os moradores, as casas, que ficam em uma rua de terra, foram construídas há mais de 20 anos.

"É o número da empresa, mas nunca foi vendido nada aqui", disse Taina Rodrigues da Costa, moradora de uma das casas. Este é um indício de que a Vedovel seria mais uma empresa fantasma, criada para fraudar as licitações na hora de vender as ambulâncias para as prefeituras.

A Vedovel participou da concorrência que vendeu duas ambulâncias para a prefeitura de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, na gestão do ex-prefeito João Guilherme Ribas Martins. Ele é acusado de ter recebido R$ 4 mil do esquema. Martins disse nesta terça-feira que uma das ambulâncias compradas por ele não é a que foi mostrada nesta segunda-feira pelo ParanáTV, mas uma outra que também foi encontrada em uma oficina, com problemas nos freios, nas fechaduras e na sinalização.

O ex-prefeito contou ainda que o dinheiro da compra das ambulâncias foi oferecido pelo Ministério da Saúde e negou ter recebido propina. Perguntado se sabia da fraude, Martins disse que soube após a assinatura do convênio que a verba pertenceria ao gabinete de um deputado. "Fiquei sabendo posteriormente que era do deputado Iris Simões", afirmou.

O ex-prefeito de Braganey, João Capeleto, também teria recebido propina de R$ 12.800,00 na compra de um ônibus que servia como uma unidade móvel de saúde, encontrado pela reportagem parado no pátio do posto de saúde da cidade. Ele negou, por telefone, ter recebido dinheiro do esquema.

A reportagem tentou novamente entrar em contato com o deputado Iris Simões, mas a assessoria de imprensa do político informou que não conseguiu falar com ele.

Ex-ministro da Saúde será investigado pela CPIO ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe, que reassumiu o mandato de deputado federal pelo PMDB mineiro em abril, foi incluído pela CPI dos Sanguessugas na lista dos 33 novos parlamentaresque são investigados e começaram a ser notificados nesta terça-feira. Embora seja citado do depoimento do empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin por sua atuação como ministro, Saraiva Felipe recebeu da comissão o prazo de cinco dias para apresentar sua defesa. (clique para ler a matéria completa)

Veja imagens das casas e dos veículos localizados pelo ParanáTV na reportagem em vídeo

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]