PF desarticula quadrilha que fraudava licitações na Funasa
A Polícia Federal informou no início da tarde desta quinta-feira que já prendeu 23 pessoas na operação Metástase, que desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudar licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Roraima. Segundo a PF, o grupo teria dado um prejuízo de R$ 34 milhões aos cofres públicos. Entre os acusados está o coordendor regional da Funasa, Ramiro Teixeira.
Cinco pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (25) em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, em uma operação da Polícia Federal (PF), que acontece simultaneamente no Paraná e em Roraima e Amazonas. Um dos presos é o empresário Hissan Hussein Dehaine, segundo reportagem do telejornal ParanáTV, 1ª edição. Batizada de Operação Metástase, a ação acontece após dois anos de investigações sobre fraude em licitações e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.
Hissan Hussein Dehaine trabalha no ramo de hotéis em Araucária e foi investigado pela CPI do Narcotráfico em 2000, chegando a ser preso. Também foram detidos o filho dele, por porte ilegal de arma, o gerente de um posto de combustíveis, um ex-policial civil e um funcionário da prefeitura de Araucária. Uma equipe de 45 policiais federais cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná.
Roraima e Amazonas
A PF informou que já prendeu 23 pessoas na Operação Metástase, que desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudar licitações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Roraima. Segundo a PF, o grupo teria dado um prejuízo de R$ 34 milhões aos cofres públicos.
A investigação revelou que as fraudes ocorriam, principalmente, nas licitações de serviços de transporte em táxi aéreo, contratação de obras de engenharia e aquisição de medicamentos. "Eles cobravam por horas de vôo não efetivados. Seriam vôos para levar remédios para índios ianomamis na fronteira. É um crime bem pior do que o valor monetário indica", afirmou o superintendente da PF em Roraima, Ivan Herrero.
Ao todo são 46 mandados de busca e apreensão e cerca de 30 mandados de prisão nos três estados, expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal de Roraima. Os investigados responderão por fraude em licitações, formação de quadrilha, peculato, corrupção ativa e passiva, crime contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro.
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