Rio de Janeiro Na avaliação do presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC), Paulo Simão, o ano de 2006 pode ser considerado excelente para o setor, mas é preciso ampliar a produção de habitações populares para conseguir vencer o déficit habitacional no país. "Eu espero para o novo mandato que a produção de habitações sociais obtenha um ritmo mais expressivo", disse.
Simão lembra que o número de 140 mil unidades de moradia popular financiadas em 2006 é muito pequeno diante do déficit habitacional brasileiro, estimado em cerca de 7,9 milhões de moradias. "Para deixar o déficit para trás e o que virá com o crescimento vegetativo da população, será necessário construir 400 mil domicílios por ano em 16 anos". Essa projeção, segundo ele, já foi encaminhada pela CBIC ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O empresário diz que o crescimento do crédito imobiliário neste ano será superior a R$ 9,5 bilhões, mas o problema ainda é na área de habitação social, que depende dos investimentos públicos.
Para Movimento de Luta pela Moradia, burocracia ainda impede acesso dos mais pobres ao crédito.
Burocracia
Na avaliação do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), a burocracia da Caixa Econômica Federal ainda é o principal entrave ao acesso das famílias de baixa renda à moradia no Brasil.
A coordenadora regional do MNLM no Distrito Federal, Vânia Aparecida Coelho, diz que o governo federal vem, realmente, demonstrando grande atenção à questão, mas lembra que ainda não é o suficiente. "O grande entrave que a gente tem percebido nesses programas é a burocracia da Caixa Econômica Federal", diz ela.
O movimento iniciou uma pesquisa sobre os resultados dos programas do governo federal para habitação. O objetivo é descobrir quem está de fato se beneficiando dos programas públicos.
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