O mercado está apostando nas discussões que virão após a aprovação do Plano Diretor, na revisão da Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, para convencer a prefeitura de Curitiba de que é possível verticalizar ainda mais a capital, aproveitando 100% do potencial dos terrenos e não só nos novos eixos estruturantes e de adensamento. “Atualmente, apenas 30% dos domicílios na cidade são apartamentos, enquanto em Porto Alegre esse índice chega a quase 50% e em Florianópolis, a aproximadamente 40%. Isso quer dizer que, entre as capitais da Região Sul, Curitiba é a menos verticalizada”, diz a presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Aline Perussolo Soares.
Dados do Censo 2010 de Curitiba indicam que a densidade média da cidade é de 40,30 habitações por hectare. Os bairros mais densos são o Centro, o Água Verde e o Sítio Cercado, com 113,56 habitações por hectare, 107,74 habitações por hectare e 103,15 habitações por hectare, respectivamente.
O texto do novo Plano Diretor define que os eixos estruturantes poderão ter densidade de até 400 habitações por hectare e que os eixos de adensamento poderão ter até 200 habitações por hectare. Na comparação entre o presente e o futuro desenhado, percebe-se que há bastante espaço para as pretensões do setor imobiliário. “As entidades pleiteiam a mudança da legislação de Uso do Solo, nas ZR-3 e ZR-4, permitindo a construção de empreendimentos comerciais utilizando todo o potencial do terreno”. Hoje, as áreas ZR-3 permitem a construção de prédios residenciais de até quatro andares e o comércio de vizinhança, e as áreas ZR-4 permitem a edificação de prédios de oito a dez andares e até indústrias sem efluentes.
O Ippuc parece ter aberto espaço para aceitar esta proposta do setor imobiliário ao