Depois de uma semana intensa de negociações, dez das 11 empresas do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana pagaram nesta quarta-feira (30) a primeira parcela do 13.º salário aos trabalhadores do setor. Os recursos acabaram não saindo da reserva técnica da Câmara dos Vereadores, alternativa levantada durante audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT), mas de empréstimos bancários e realocação do orçamento do empresariado. Com a medida, motoristas, cobradores e outros trabalhadores do transporte coletivo da capital não irão parar as atividades nesta quinta-feira (1.º).
Prefeitura não vai usar recursos da Câmara no transporte, mas propõe pagamentos mais ágeis
Leia a matéria completaA exceção é Araucária. Segundo o sindicato que representa os trabalhadores, o Sindimoc, a empresa de mesmo nome ainda não tinha feito o pagamento até as 21 horas. Duzentos e cinquenta motoristas e cobradores dessa cidade da Região Metropolitana podem aderir à paralisação a partir da madrugada desta quinta. A ação afetaria 33 linhas urbanas e rurais de Araucária. Nenhuma delas faz ligação do município com Curitiba.
O Sindimoc havia aberto indicativo de greve na semana passada, para o caso de os trabalhadores não tivessem recebido.
Mesmo sem a liberação do recurso da Câmara, a terceira audiência entre o sindicato, o Setransp, prefeitura e MPT resultou na adoção de um sistema de pagamentos mais ágil para as empresas, de 1.º a 9 de novembro. Conforme a prefeitura, os pagamentos da Urbs devem ocorrer na forma “D+1”, 24 horas após a prestação do serviço. Até então, o pagamento vinha sendo realizado em “D+2”, 48 horas depois do serviço ter sido prestado, de acordo com o estabelecido em contrato.
Segundo a assessoria do Setransp, as negociações com os trabalhadores devem prosseguir para a quitação dos salários de novembro, no dia 6, da última parcela do 13.º, no dia 20 de dezembro, e do adiantamento salarial de janeiro.
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