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O paranaense Wagner Andolfato de Souza, de 25 anos, viajava na terça-feira a bordo do Boeing 737-200 da companhia aérea estatal Tans do Peru, quando o avião partiu-se em dois ao cair, sob forte tempestade, na selva peruana, a três quilômetros do aeroporto. O Boeing viajava com cerca de 90 pessoas e ia de Lima para Pucallpa. Souza foi um dos dois brasileiros sobreviventes do acidente. O outro é Nivaldo Papetti, que é de Sorocaba, no interior de São Paulo, que saiu da aeronave sem um arranhão sequer.

Até esta quinta-feira (25) a informação era que 59 dos cerca de 90 passageiros sobreviveram à queda, a poucos quilômetros do aeroporto da cidade de Pucallpa. Quarenta pessoas morreram no acidente e 27 corpos já haviam sido identificados.

Como foi o acidenteSouza explicou como foi a queda do avião e acha que a causa da morte dos outros passageiros foi a explosão e não a queda. "Eu olhei pela janela e vi as árvores. Assim que o avião tocou o solo eu soltei o cinto e tentei sair. Daí de repente houve uma explosão. Uma bola de fogo veio na minha direção e eu tentei proteger meu rosto com as mãos, por isso as queimaduras. A força era tanta que eu fui jogado na minha poltrona. Acho que o que matou as pessoas foi a explosão e não a queda do avião" contou o paranaense.

"Consegui sair pela porta de trás do avião. Tava escuro e chovendo muito. Tava caindo granizo e machucava muito por causa das queimaduras. Lá fora tinha mais sobreviventes. Nós fomos atrás de ajuda e conseguimos achar uma casa. Daí fomos levados para o hospital", disse Souza.

Divergência no motivo da viagemDe acordo com Vidal Signorelli, o paranaense viajou à Lima para fazer um treinamento com os funcionários peruanos. Porém, Souza afirmou que foi a passeio e que, na oportunidade, fez alguns contatos comerciais.

Família Logo que a aeronave caiu, o rapaz telefonou para o pai, Waldemar André de Souza, para avisar sobre o acidente e tranqüilizar a família, que tem uma mercearia em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

Waldemar estava na mercearia quando recebeu um telefonema do filho. "Ele disse: 'Pai, meu avião caiu, mas eu quero dizer que eu estou bem. Sofri algumas queimaduras. Fala para a mãe ficar tranqüila. Sou um dos sobreviventes'", comentou.

Souza tem 25 anos, mora em São José dos Pinhais e trabalha na empresa Marrari, na capital, que presta serviço de automação industrial voltado para o setor madeireiro.

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