A estudante paranaense Carla Vicentini, 22 anos, saiu de Goioerê, na região Centro-Oeste do estado, onde mora junto com os pais, no dia 18 de janeiro com destino a Dover. Carla foi para os Estados Unidos estudar inglês por meio de uma agência de intercâmbio. Ela saiu do Brasil com moradia e emprego acertados pela agência.
- Durante o vôo Carla conhece a brasiliense Maria Eduarda Ribeiro, a Duda. Após uma semana, ela teria trocado o emprego e começou a dividir o apartamento com a recente amiga, na cidade de Newark. Sublocado pelo empresário francês José Fernandes Martins.
- No dia 09 de fevereiro Carla pega carona com um cliente do bar onde trabalhava até o Adega Bar and Grill, local de trabalho da amiga Duda. Carla teria saído do bar sozinha e nunca mais foi vista.
- Três dias após o sumiço de Carla, Duda e o empresário francês José Fernandes (dono do apartamento onde Carla e a amiga moravam) ligam para a família avisando do desaparecimento. Poucos dias depois, Fernandes embarca para Goioerê - onde tinha uma audiência marcada.
- Polícia de Newark entra no caso. A primeira investida é conseguir as fitas do circuito interno do bar onde Carla foi vista pela última vez. O dono do bar, numa atitude no mínimo suspeita, se nega a entregar as fitas que poderiam mostrar com quem Carla saiu.
- Dias depois a polícia informou que teve acesso às fitas, mas as câmeras que captavam imagens da porta do bar não estavam funcionando em virtude de um pequeno incêndio na cozinha do bar.
- Polícia ouve o rapaz que deu carona à Carla até o Adega Bar. Ele ajuda de todas as formas possíveis e não é considerado um suspeito.
- Duda é chamada para depor e ajuda no retrato falado do americano. Depois disso, a brasiliense saiu do apartamento que dividia com Carla. As informações são que ela continua ajudando a polícia no caso, mas estaria morando em outro estado.
- Sem pistas sobre o paradeiro de Carla, a polícia de Newark oferece US$ 2 mil de recompensa para quem tiver informações que ajudem a encontrar a Carla.
- Polícia Federal (PF) começa a investigar o empresário francês Fernandes Martins. A PF não confirma, mas o francês, de 75 anos, estaria sendo acusado de envolvimento no envio ilegal de brasileiros aos Estados Unidos. O empresário nega.
- Sem informações concretas o deputado federal Hermes Parcianello (PMDB), amigo pessoal da família, resolve por conta própria ir aos EUA buscar informações. Parcianello fica três dias nos EUA e consegue que dois funcionários do Consulado do Brasil em New York acompanhem o caso. O deputado ainda teve a garantia do consulado de que seria contratado um advogado americano para cuidar do caso. Até a sexta-feira (07), o consulado ainda não tinha contratado, segundo o deputado, por questões burocráticas.
- Após um mês do desaparecimento de Carla, a polícia não tem pistas sobre o paradeiro da paranaense, apesar da recompensa oferecida no valor de US$ 2 mil.
- Empresário ítalo-americano, comovido com o caso, oferece mais US$ 3 mil, totalizando US$ 5 mil, pouco mais de R$ 10 mil de recompensa para quem tiver informações que ajude a polícia a encontrar Carla.
- FBI vai a Goioerê atrás de informações sobre sumiço de Carla.
- Ministério das RelaçõesExteriores acha que é prematura a contração de um advogado americano para cuidar do caso.
- Desaparecimento de Carlacompleta dois meses de muita investigação e nenhuma pista. Mais de 70 pessoas já foram ouvidas.
- Tânia Vicentini, mãe de Carla vai a Brasília para uma audiência com o Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos. Em pauta: desaparecimento da Carla.
- Tânia é ouvida na CPMI da Emigração Ilegal, em Brasília. Comissão aprova requerimento convocando Fernandes e Duda para uma acareação. Thomaz Bastos promete durante encontro com Tânia que irá se empenhar no caso. Na audiência, agente do FBI diz que sigilo bancário de todos os clientes do bar, que usaram cartão de crédito na noite do desaparecimento, está sendo quebrado. O objetivo é localizar e entrevistar essas pessoas
- Empresário Fernandes Martins é ouvido pela CPMI. Ele nega envolvimento com o caso e aponta possíveis suspeitos.
- Mãe de Carlaembarca para os EUA atrás de informações da filha.
- Consulado do Brasil em New York contrata advogada para cuidar do caso.
- Em reunião nos EUA, Polícia de Newark e FBI dizem que estão trabalhando muito, mas ainda não tem pistas sobre o paradeiro de Carla.
- No dia 14 de julho, o empresário Fernandes Martins é ouvido pelo FBI e cita uma amiga de Carla (até então desconhecida pela polícia) e um segurança que trabalhava no Adega`s.
- Fundação Carole Sund/Carrington, no dia 25 de julho, aumenta em US$ 5 mil a recompensa que leve ao paradeiro de Carla.
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