A proposta de um horário limite para o fechamento de bares em Curitiba segue gerando polêmica. A Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) se posicionou contra à sugestão apresentada pela prefeitura, que é apoiada pela Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), de fazer com que os estabelecimentos fechem às 2h da manhã. A Abrabar, que representa as casas noturnas, alega que a decisão desrespeita as particularidades de cada negócio e a realidade dos diferentes bairros.
De acordo com o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, essa não é a solução para resolver o problema do barulho nas vizinhanças dos bares. Para ele, essa é uma situação que não deve ser tratada de maneira impositiva, mas a partir do diálogo e da conscientização. “Essas interferências apenas alimentam a clandestinidade e tomam os empregos formais que os bares geram”, afirma. “Isso sem falar de toda a cadeia envolvida. Taxistas, postos de gasolina e outros negócios também seriam afetados”, aponta.
Ainda assim, a Abrabar destaca que não é contra as fiscalizações, mas não da maneira como estão sendo propostas dentro do Balada Segura, força-tarefa criada a pedido do prefeito Rafael Greca (PMN) formada por polícias Militar e Civil, Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros, além de fiscais municipais de trânstio, meio ambiente e urbanismo. Segundo Aguayo, o que está sendo apresentado é um “festival de loucuras”, principalmente pelo fato de a prefeitura estar pensando somente na área central, como no caso da Avenida Vicente Machado e Rua Trajano Reis, os epicentros de toda a polêmica envolvendo a Operação Balada Protegida. “Nos bairros, alguns bares nem possuem vizinhança. As intenções da prefeitura são boas, mas é preciso responsabilidade”.
Já para o diretor executivo da Abrasel, Luciano Bartolomeu, a ideia de fechar os estabelecimentos às 2h da manhã é algo que surgiu dos próprios empresários durante a reunião com o prefeito nesta quarta-feira (18). “Ele tinha proposto à 1h, mas foram os próprios donos dos bares que optaram por uma hora a mais”, conta.
E o limite não significaria fim de festa, conforme Bartolomeu. Pelo que foi definido no encontro, aponta o diretor da Abrasel, apenas a entrada nos locais seria encerrada, mas quem estivesse dentro poderia continuar aproveitando por toda a madrugada. “A ideia é evitar o barulho, a sujeira e a presença de ambulantes nas ruas”.
Outro ponto delicado diz respeito aos demais locais que atuam durante a madrugada. Para a Abrabar, o limite de horário iria prejudicar, por exemplo, casas noturnas que costumam abrir à meia-noite e, por isso, a imposição deveria valer apenas para os associados da Abrasel. Porém, Bartolomeu destaca que a proposta envolve somente os bares e com algumas exceções. “Locais que funcionam durante 24 horas não seriam obrigadas a fechar. A ideia é manter a ordem e os próprios bares estão interessados nessa fiscalização”.
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