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As entidades ligadas ao meio jurídico fizeram silêncio após a prisão do juiz federal Jail Benites de Azambuja. A seção paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), a Associação Paranaense dos Juizes Federais (Apajufe) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) não quiseram comentar o caso ontem. A explicação para o silêncio, de modo geral, é que o processo corre em segredo de justiça e há, ainda, poucas informações sobre o assunto.

Azambuja foi preso em Umuarama e trazido de avião pela Polícia Federal (PF) para o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, em Curitiba. De acordo com o chefe da comunicação social da PF no Paraná, Altair Menosso, Azambuja foi levado para o Cope porque a sede da PF está lotada. "Lá no Cope teria instalações adequadas", explica.

Azambuja sofre dupla investigação. Ele é suspeito de ter forjado um atentado contra si mesmo, no dia 28 de fevereiro, e de estar envolvido nos tiros disparados contra a casa do também juiz federal em Umuarama, Luiz Carlos Canalli, no dia 19 de setembro. As duas investigações tramitam em segredo de justiça.

De acordo com o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, com sede em Porto Alegre e jurisdição nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a prisão de Azambuja foi pedida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público de Umuarama. Segundo a assessoria de imprensa, como o juiz tem foro privilegiado, o inquérito foi direto ao TRF, que expediu um mandado de prisão temporária contra Azambuja, com duração de cinco dias, renováveis por mais cinco.

De acordo com o TRF, até a tarde de ontem nenhum pedido de habeas corpus ou de relaxamento de prisão havia sido impetrado em favor de Azambuja. Não havia informações também de representação do juiz por um advogado. O Cope e a PF também não souberam dar informações em relação à representação legal de Azambuja.

A Ajufe disse, por meio da assessoria de imprensa, que não comentaria o caso, por enquanto. A OAB-PR informou que não comentaria o assunto porque ainda faltam subsídios, já que o processo corre em segredo de justiça. A Apajufe informou que está se inteirando sobre o caso e que, por hora, não irá se manifestar. O CNJ informou que não falaria sobre casos específicos, mas que o presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, ministro Gilmar Mendes, pediu ao diretor da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, providências na apuração do atentado à casa do juiz federal Canalli.

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