A Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo telefônico de dez pessoas suspeitas de envolvimento no desaparecimento e morte do menino Juan Moraes, de 11 anos, no dia 20 de junho.
A informação foi confirmada nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça (TJ-RJ). A decisão do 4º Tribunal do Júri de Nova Iguaçu atende o pedido feito pelo Ministério Público. Não foram informados os nomes das pessoas que terão o sigilo quebrado.
Juan sumiu durante confronto entre policiais militares do 20º Batalhão e traficantes na favela do Danon, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Um suspeito foi morto e o irmão de Juan, Weslley, de 14 anos, foi atingido por bala perdida. O adolescente fugiu em busca de ajuda e disse que Juan também tinha sido baleado, mas quando os familiares dos dois foram ao local, Juan já havia desaparecido. Weslley foi incluído no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte.
O corpo de Juan foi encontrado dez dias depois, no Rio Botas, em Belford Roxo, a 18 quilômetros do local onde foi avistado pela última vez. Mas a confirmação de que se tratava mesmo do menino só veio dias depois, após a divulgação do resultado de exames de DNA.
A Polícia Civil do Rio encerrou, na madrugada do último sábado, a reconstituição do tiroteio que terminou com a morte do menino Juan. Os trabalhos foram divididos em duas etapas. A polícia deixou o local sem falar com a imprensa.