Conteúdo das gavetas foram espalhados pelo chão da escola| Foto: Arquivo Pessoal

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O major Dorian Cavalheiro, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, explica que a ação da PM na escola ocorre via de regra durante o dia, "para coibir o tráfico de drogas, furtos, ou mesmo roubo", mas lamenta que no período noturno não tenha como fazer uma ronda constante em todos os locais. O vandalismo é mais um caso de "falta de educação, de cultura", do que de segurança pública, acredita.

Além das políticas de segurança como fortalecimento dos prédios e compra de câmeras, o Sindicato dos Professores do Paraná (APP-Sindicato) aposta em uma maior integração com a comunidade para diminuir a violência. O secretário de comunicação da entidade, Luiz Fernando Rodrigues, acredita que a escola em tempo integral "daria conta de resolver boa parte dos problemas que temos com o adolescente infrator, evitando que ele esteja na rua e cometa um crime".

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Dez portas foram destruídas
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Dois homens invadiram o Colégio Estadual Santo Agostinho, no Boqueirão, Zona Sul de Curitiba, na madrugada desta quinta-feira (30), e destruíram boa parte do material escolar da instituição. Imagens da ação que foram gravadas antes de as câmeras de segurança da escola serem quebradas mostram dois homens, entre 18 e 20 anos, que não foram identificados pela direção da escola. Pelo menos outras três instituições da região passaram por situações parecidas recentemente.

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A diretora do Santo Agostinho, Cleide Aparecida Rodrigues, conta que a dupla entrou na sala em que há materiais de educação especial, no xerox, na sala da direção e da equipe pedagógica "destruindo tudo, arrancando gaveta, jogando no chão, quebrando as câmeras". Depois foram à sala da secretaria, em um prédio separado.

Em levantamento preliminar, Cleide estima que os prejuízos podem ficar entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) deve reunir-se para estudar medidas a serem tomadas.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed) informa que as escolas recebem recursos de um Fundo Rotativo para necessidades do dia-a-dia, o qual já possui previsão para reposição de vidros quebrados, pequenos reparos e compra de materiais de consumo, verba que pode ser redirecionada para repor o que foi danificado. Caso o dano tenha sido grande, "o diretor protocola o pedido para a Secretaria da Educação, que analisará a necessidade ou não de licitação para a obra", informa.

A Seed vai solicitar ao comando da Polícia Militar (PM) que intensifique as rondas na região. A orientação do estado é que os diretores façam Boletim de Ocorrência para relatar o que foi furtado. O caso deve ser repassado ao 7.º distrito da Polícia Civil, assim que a administração da escola finalizar o levantamento de danos.

Vandalismo recorrente

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Situações similares ocorreram nos últimos meses nos colégios estaduais Professor Victor do Amaral, no Hauer, e Jayme Canet, no Xaxim, segundo a diretora do colégio Santo Agostinho. Já no Centro Estadual da Educação Profissional de Curitiba (Ceep), também no Boqueirão, a situação chegou a tal ponto que cerca de 300 pessoas fecharam a Avenida Marechal Floriano Peixoto. no último dia 17, e exigiram mais segurança.

O diretor auxiliar Andrey Migliorini conta que entre agosto e setembro o CEEP foi invadido 15 vezes, sempre associado a pequenos furtos. "Teve bastante prejuízo da cantina, levavam comida, carne congelada. A gente tem as imagens, mas não tem o que fazer. Um deles chegou a levar embora uma câmera", conta.

Ronda policial

Além disso, alunos do Ceep sofriam com roubos e assaltos no entorno da escola, nos horários de entrada e saída das aulas. Após o protesto, viaturas da PM passaram a fazer uma ronda diária próximo à escola, entre as 17h e as 21 horas.

O comandante do 20.º Batalhão, major Dorian Cavalheiro, responsável pelo policiamento na região, explica que fará o patrulhamento no local até que um efetivo do Batalhão da Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) assuma.

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Sobre as ações fora de horário escolar, no entanto, o major acredita que "é complicado dizer que vai inibir tudo porque não tem como, é impossível". No caso da destruição nas escolas, acredita, é mais um caso de "falta de educação, de cultura" do que de segurança pública.