Desde fevereiro deste ano, as 2,1 mil escolas estaduais do Paraná não recebem recursos para merenda dos cerca de um milhão de alunos. A história foi confirmada pela secretária de Estado da Educação do Paraná, Ana Seres. Ela afirmou que o problema deverá ser sanado em breve. O caso foi mostrado em reportagem do jornal Folha de Londrina nesta quarta-feira (27). O tema foi pauta de reunião na Assembleia Legislativa do Paraná na terça-feira.
A APP-Sindicato, entidade que representa os servidores da educação do estado, afirmou que o problema tem atingido todo estado. De acordo com o secretário da comunicação da APP, Luiz Fernando Rodrigues, as escolas estão se virando como podem. Muitas delas estão mobilizando vaquinhas para comporem a merenda dos alunos. Apesar disso, nenhuma escola até o momento teve a merenda esgotada.
Está previsto para compra de merenda em 2016 um recurso de R$ 100 milhões. Uma cota extra do Fundo Rotativo também foi depositada na última sexta-feira para ajudar com o problema. O valor depositado foi de R$ 2,6 milhões. Há duas licitações em andamento para compra de merenda.
Segundo a secretária, o problema aconteceu por três fatores. Uma licitação teve um problema. “Além disso, o governo federal interrompeu o programa Mais Educação. Nós continuamos com atividades complementares. Então o recurso que vinha do Ministério da Educação e Cultura era também para aquisição de alimentos”, explicou.
De acordo com ela, outro empecilho foi a troca de 55% dos diretores de escola. A secretária afirmou que, em razão disso, o Banco do Brasil não libera há 60 dias as aberturas de conta para movimentar o fundo rotativo. “Estamos tendo reuniões com o banco. Há 60 dias estamos tentando. Parte destes recursos era para gêneros alimentícios. Mas logo será normalizado”, comentou.