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As universidades particulares querem que o Fies (financiamento estudantil) passe a ter diferentes notas mínimas exigidas dos estudantes. A proposta deve ser apresentada nos próximos dias ao Ministério da Educação.

A partir deste ano, o sistema passou a exigir 450 pontos no Enem dos alunos que queiram o benefício. Antes não havia essa trava. Segundo a gestão Dilma Rousseff (PT), a ideia da nota mínima é melhorar a qualidade dos estudantes com o financiamento.

A ideia do Semesp (um dos sindicatos das universidades particulares) é que algumas modalidades poderiam ter nota mínima menor, como os cursos tecnológicos (de curta duração).

“Quem faz um curso tecnológico não precisa ter a nota de quem quer fazer engenharia, que é mais complexa”, disse o diretor do Semesp, Rodrigo Capelato.

Com o sistema atual, diz Capelato, ficam excluídos alunos que, apesar de não estarem com a preparação ideal, poderiam fazer um curso menos exigente.

O setor particular debaterá agora quais cursos poderiam ter exigência menor, que serão sugeridos ao ministério.

Outra proposta do setor é que o novo sistema para acesso aos financiamentos, em elaboração pelo ministério, deixe claro as mensalidades de cada curso.

O governo afirma que, na próxima chamada para financiamentos, deverá estar em vigor um sistema online, em que o aluno poderá ver quanta vagas de Fies cada curso terá.

“Hoje, como o aluno só paga depois de formado, ele não presta muita atenção nas mensalidades. Acabou a competição por preço, o que reduzia as mensalidades”, disse Capelato.

Mensalidades mais altas pesam para a União, que paga o curso do estudante, e para os estudantes, que terão de pagar um valor maior após a formatura.

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