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Jovens paranaenses têm a chance de ver o papa de perto

O estudante Felipe dos Santos, que é paraplégico, poderá falar a sós com o papa | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O estudante Felipe dos Santos, que é paraplégico, poderá falar a sós com o papa (Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo)
Movimentação tem incomodado moradores do bairro |

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Movimentação tem incomodado moradores do bairro

O momento mais esperado da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegou. Nesta noite, 2 milhões de pessoas são esperadas na vigília com o papa Francisco na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O evento e a missa que será celebrada no mesmo local pelo pontífice no domingo pela manhã compõem o conjunto principal de atividades da passagem do papa pelo Brasil. A multidão deverá lotar a região nos dois dias, como ocorreno réveillon, em um número maior do registrado nos últimos dias de eventos do papa no local.

Será muito difícil ver o papa de perto, exceto para um grupo de 300 jovens que estará no palco para participar das atividades. Entre os sortudos há cerca de 20 paranaenses, de acordo com o setor da Juventude da Arquidiocese de Curitiba, como os estudantes Mariana Chain, da capital paranaense, e Felipe dos Santos, de Ponta Grossa.

Felipe dos Santos, 23 anos, estudante de Automação Industrial da UTFPR de Ponta Grossa, dará um testemunho de aproximadamente 4 minutos no evento. Em 13 de janeiro deste ano, ele ficou paraplégico após levar um tiro em um assalto na sua casa, quando ladrões tentaram roubar o dinheiro economizado por jovens da sua paróquia para a viagem ao Rio de Janeiro.

"Fui baleado na região do pescoço para defender os recursos financeiros que meu grupo de amigos tinha arrecadado e quase morri", conta Felipe.

Oportunidade

O estudante, depois do seu depoimento, poderá falar a sós alguns segundos com o papa e receber uma bênção. "Será um momento único. Queria ter tido essa oportunidade em Madri, quando fui ver Bento XVI; mas agora é uma sorte grande também poder estar ao lado de Francisco", disse.

Já Mariana Chain, 18 anos, aluna do curso de Direito da PUCPR, fará parte de um grupo de dez jovens, de todos os países, que se aproximará para saudar o papa. A estudante poderá dar um abraço em Francisco e pedir que ele assine ou escreva alguma pequena oração em um pedaço de papel. "Soube que poderia ter essa chance em maio, conversando pela internet sobre assuntos da Pastoral da Juventude Marista, da qual faço parte, com um dos padres organizadores do evento, e ele me perguntou se eu gostaria de estar lá", lembrou Mariana.

Talvez ela consiga falar ainda com o papa em uma sala, embaixo do palco, em que Francisco poderá usar para descansar ou receber autoridades. "Vou tentar não chorar", disse, comovida.

Mudança de local da vigília para Copacabana causa revolta

Agência Estado

A mudança da vigília e da missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de Guaratiba para Copacabana deixará o bairro ilhado por mais dois dias e afetará a vida de muita gente. Sem ter como ir para casa de carro e com a vizinhança tomada por peregrinos, muitos moradores estão revoltados. A alteração também causou cancelamento de shows e assustou noivos com casamento marcado para o hotel Copacabana Palace neste sábado à noite.

"O que mais revolta é que esses eventos tiram nosso direito de ir e vir. Sem táxi e ônibus, e com o metrô lotado, não há alternativa", reclama a engenheira Rosana Serfaty, moradora do bairro há 40 anos.

O presidente da Sociedade de Amigos de Copacabana (SAC), Horácio Magalhães, tentou entrar na coletiva de imprensa do prefeito Eduardo Paes para saber o esquema dos eventos transferidos para o bairro. Foi barrado.

Indagado se recorreria à Justiça dessa vez, o presidente da SAC disse que moradores já tentaram inúmeras vezes barrar eventos pela via judicial, mas nunca obtiveram uma decisão favorável.

"O Poder Judiciário tem entendido que a prefeitura tem legitimidade para restringir a circulação em eventos de grande magnitude. Somos simpáticos à JMJ. A questão é que a prefeitura nunca avisou que Copacabana era um plano B para Guaratiba. Os moradores não tiveram como se planejar", afirmou.

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