O papa Francisco afirmou nesta segunda-feira (22) que não concede entrevistas, porque é "muito cansativo", mas se mostrou encantado em saudar um por um os 70 jornalistas que lhe acompanharam no avião que o levou de Roma ao Rio de Janeiro.

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"Não dou entrevistas, porque... não sei..., não posso. É assim para mim. É cansativo fazê-lo", declarou Francisco durante o encontro com os jornalistas no avião, entre eles a Agência Efe, que se prolongou durante mais de uma hora.

Francisco explicou que o que o traz ao Rio de Janeiro é encontrar-se com a juventude e, em um curto discurso, denunciou os estragos que a crise econômica está causando os jovens, que não encontram trabalho e também ressaltou a importância dos idosos na sociedade, que, segundo ele, têm a sabedoria da vida.

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Depois, cumprimentou os jornalistas um por um, interessando-se por seus trabalhos e prestando atenção ao que lhe contavam.

Em nome dos 70 ali presentes, a mexicana Valentina Alazraki, correspondente da "Televisa", a mais veterana do grupo, agradeceu ao papa o encontro.

"Sabemos que os jornalistas não somos precisamente santos de sua devoção e talvez tenha pensado que o padre Lombardi (Federico Lombardi, o porta-voz) lhe trouxe à jaula dos leões, mas a verdade é que não somos tão ferozes e agradecemos por termos sido seus companheiros de viagem", declarou Valentina.

Em nome de todos os jornalistas presentes, Valentina ainda presenteou o papa com uma imagem peregrina de Nossa Senhora de Guadalupe, "não por ser rainha do México, mas padroeira da América".

Francisco, rindo, respondeu que tinha escutado "coisas estranhas sobre leões e santos que não são da minha devoção...".

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Depois de falar com todos os jornalistas, sempre no mesmo ambiente de cordialidade, disse: "Me sinto como o profeta Daniel, vi os leões, mas não eram tão ferozes".