Curitiba – A decisão do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de sinalizar os cerca de 3 mil radares instalados no Brasil é um retrocesso na opinião de Marcelo Araújo, advogado especialista em trânsito, em Curitiba. "Quando o motorista sabe onde está o equipamento ele não obedece à sinalização no conjunto do trecho, o que aumenta o número de acidentes", explica Araújo.

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Para Álvaro Grotti Júnior, diretor de trânsito em Londrina, a deliberação "transforma o radar em lombada eletrônica". "Isso é hipocrisia. Se se quer salvar vidas não se pode ter a ingenuidade de acreditar que depois de passar pelo radar o usuário andará dentro da lei", afirma.

Elogio

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O advogado Cícero Porcelani, advogado em Maringá e participante do Conselho Estadual de Trânsito, por outro lado, elogia a medida e diz que o debate precisa ser mais amplo. "Não se pode fazer uma arapuca para o usuário na via pública. É preciso discutir outros fatores e não ficar apenas na questão da sinalização", acredita.

Curitiba tem 110 radares sinalizados desde janeiro de 2005, uma promessa de campanha de 2004 do prefeito Beto Richa. Os seis "pardais" de Maringá também são sinalizados e a cidade colocará mais 10 nos próximos meses. O município de Londrina, que está em meio ao processo de licitação para a implantação de 46 radares, deverá obedecer às novas regras do Contran. A cidade de Foz do Iguaçu não precisará tomar nenhuma medida já que seus 23 equipamentos estão desativados.