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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deveria fiscalizar melhor as companhias aéreas, sobretudo as conexões estabelecidas e o tempo que os aviões levam no solo, desde o momento do pouso, para desembarque e embarque de passageiros. Segundo o professor de Transporte Aéreo Vladimir Silva, somente um estudo mais detalhado do órgão regulador seria capaz de identificar se as empresas estão cumprindo os prazos previstos para evitar transtornos aos passageiros ao longo do trilho do avião. "Esse aspecto merece maior atenção da Anac", disse o professor.

Ele afirma, no entanto, ter dúvidas se uma interferência governamental no mercado, como reduzir os vôos em horários de pico ou distribuir vôos dos aeroportos de São Paulo para outros terminais, teria efeitos positivos para o passageiro. "As empresas sabem o que é melhor para elas e vão onde a demanda está", afirmou Silva, acrescentando que, se elas forem obrigadas a operar em determinado horário, podem aumentar os preços das passagens ou deixar de voar para destinos menos rentáveis.

"Não compactuo com essa idéia de mexer na malha. Mas acho que a Anac deve restringir vôos em alguns aeroportos, como Congonhas, por exemplo", disse o professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) Claudio Jorge Alves, acrescentando que considera tímida a decisão da agência em limitar as operações a 38 por hora em Congonhas.

Segundo o diretor de Políticas Internacionais do Sindicato dos Aeronautas, Célio Eugênio, os problemas do setor são decorrentes de um novo modelo de gestão no setor, que maximiza o uso da frota e utiliza o maior número de conexões para diluir custos fixos e atrair passageiros.

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