Enquanto pela manhã ficaram dúvidas sobre se os motoristas cumpriram ou não os 50% de frota em horários de pico, no fim da tarde a volta para casa parece ter sido mais tranquila. A espera em algumas linhas, como Centenário Campo Comprido, Ligeirão, Canal Belém e Vila Rex, foi de 30 a 60 minutos. Ainda assim, segundo informações do serviço de monitoramento de trânsito do Google, os pontos de lentidão ficaram acima do normal para o registrado tipicamente pela cidade.
Durante a tarde, quem ainda tentava ir dos municípios vizinhos para Curitiba sofreu. "Sou de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul, vim à Curitiba para fazer um curso e não imaginava encontrar isso aqui do jeito que está. Entre todas as esperas do dia foram 3h30 perdidas desde manhã", relatou a professora Vanessa Piasson, 31 anos.
Perto dali, no centrinho de Colombo, algum lado bom na greve. "O movimento dessa loja não é muito forte, mas com a greve de ontem fomos beneficiados, quem ficou em casa veio comprar sapato e o lucro foi maravilhoso. Hoje já voltou ao normal novamente", contou o gerente da loja Fama Calçados, Wander Alves, 32 anos.
Ainda em Colombo, próximo ao terminal Guaraituba, o taxista Pedro Paulo Lourenço, disse ter praticamente dobrado os ganhos no primeiro dia de greve. "Hoje de manhã bem cedo também foi bom igual a ontem, mas na hora do almoço e à tarde o movimento parou totalmente para a gente e também no terminal".
Comércio
Nas lojas de Curitiba, o impacto foi grande. As do centro fecharam antes das 19 horas ontem, em vista do movimento fraco e para dar mais tempo para os funcionários irem embora aproveitando o movimento maior dos ônibus no horário de pico. A gerente Leonilda Montaglini disse que o movimento da loja está "horrível". "Ontem não valeu a pena e hoje caiu para menos da metade".
Logo ali no tubo da praça, a cobradora Irani Santos desabafou: "essa greve tinha que acontecer, só assim conseguimos lutar pelos nossos direitos. Por outro lado, sei que o povo sai perdendo."