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Segurança

Estoura rebelião em Piraquara. Presos mantêm dois reféns

Atualizado em 23/10/2006 às 18h24

Cento e catorze presos do Centro de Detenção e Ressocialização (CDR) de Piraquara, região metropolitana de Curitiba, se mantêm rebelados desde a manhã desta segunda-feira (23). A Secretaria da Justiça e Cidadania (Seju) confirmou que um agente penitenciário e uma enfermeira estão sendo mantidos reféns.

A rebelião começou por volta das 11h45 horas em quatro galerias. Cerca de cem policiais da tropa de choque da Polícia Militar entraram no centro de detenção ainda pela manhã. De acordo com a secretaria, os detentos envolvidos no motim exigiram a transferência para seus estados de origem e garantiram a integridade física dos reféns, que confirmaram por meio de sinais estarem bem. Os rebelados estão armados com estoques (tipo de faca caseira).

O pedreiro Alcides Alves Soares, pai de um preso, esteve no local para entregar um documento. Ele reclama que as visitas estariam suspensas há três meses e que as correspondências não estariam sendo entregues. "A gente deixa carta e não entregam", desabafou. Seu filho foi preso por assalto.

O CDP de Piraquara tem 844 presos, na unidade com capacidade destinada a 960. Inaugurado em 19 de junho deste ano, o presídio é de segurança máxima, para presos de regime fechado e abrigando em sua maioria, detentos da extinta Prisão Provisória de Curitiba – Ahú, removidos em julho passado.

No fim da tarde, a Seju informou que a rebelião estava sob controle, mas não divulgou se havia feridos.

Em Londrina

No fim da tarde de domingo, os internos do educandário de Londrina, região Norte, iniciaram um motim. A tropa de choque esteve no local e conteve a rebelião. Ninguém ficou ferido. A direção do educandário não explicou os motivos do tumulto.

Umuarama

Após um princípio de rebelião e a destruição das portas de ferro de seis celas na noite de domingo (22), 54 detentos do minipresídio de Umuarama, no Noroeste do Paraná, começaram a ser transferidos nesta segunda-feira para cadeias da região. (Leia mais)

A cadeia de Umuarama tem capacidade para 64 detentos e está, atualmente, com 186 internos. No começo do mês, a lotação chegou a atingir o recorde de 220 presos.

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