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Um manifestante foi detido pela PF durante os protestos | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Um manifestante foi detido pela PF durante os protestos| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo

O estudante de História, preso durante o protesto contra a aprovação da adesão do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi libertado por volta das 2 horas sexta-feira (29). Nicolas Pacheco de Alencar estava detido na Superintendência da Polícia Federal do Paraná (PF-PR) em Curitiba desde as 14 horas desta quinta-feira (28).

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público (Sinditest) – que faz parte da Frente de Luta Pra Não Perder o HC – informou que o militante deixou o prédio da PF após pagar fiança de R$ 400. O advogado Avanilson Araújo, assessor jurídico do sindicato, garantiu que Nicolas não foi ferido, e que deve voltar ainda nesta sexta-feira à Cascavel, cidade de onde veio para participar da manifestação.

O inquérito policial aberto acusa o estudante por constrangimento legal, agressão, resistência e desacato. "Nós temos prova, inclusive, da ilegalidade da prisão dele. Imagens registradas pela imprensa mostram que ele não tinha a mínima condição de praticar os crimes que a polícia acusa", declarou Araújo.

O advogado disse também que irá aguardar o andamento do inquérito, e que se o processo prosseguir ele vai pedir trancamento dos trabalhos e ainda entrar com representação criminal contra os policiais por abuso de autoridade.

Segundo nota do Sindistest, o estudante permaneceu sob detenção por pelo menos quatro horas no prédio da Reitoria da Universidade Federal do Paraná sem ao menos ser informado sobre o motivo da prisão e sem poder receber um advogado para representá-lo.

A Polícia Federal foi procurada para comentar o caso, mas não retornou à reportagem até o momento.

Protesto e votação

A manifestação organizada pela Frente de Luta Pra Não Perder o HC acabou em tumulto nesta quinta-feira. O ato ocorreu no mesmo tempo que o Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se reunia para decidir sobre a adesão ou não do HC à Ebserh. Para tentar dispersar os manifestantes, a Polícia Federal fez uso de spray de pimenta, bomba de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Os conselheiros chegaram a ser impedidos de entrar no salão da reunião. Mesmo com imprevistos, a adesão acabou sendo aprovada por 31 votos favoráveis. Nove foram contra.

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