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O estudante de jornalismo Bernardo Dugin, de 21 anos, realiza uma transmissão ao vivo no Twitter por meio de uma webcam, para levar notícias locais de Nova Friburgo para moradores que buscavam informações.

Além do microblog, páginas em redes sociais tentam transmitir informações para parentes de desaparecidos e moradores. No Orkut, a comunidade "AJUDA! Região Serrana do Rio", reúne pedidos de pessoas que moram nas cidades atingidas. No Facebook, páginas dedicadas a Teresópolis e Nova Friburgo também mobilizam usuários a compartilhar notícias.

Mesmo morando no Rio há três anos, toda a família de Bernardo ainda reside na cidade da Região Serrana do Estado. "Desde o primeiro contato que fiz com meus familiares, há 2 dias, comecei a escrever no Twitter as informações que eles me passavam. Meus seguidores, então, dobraram. Antes, tinha cerca de 200. Agora, tenho 400", conta Bernardo.Depois de receber tantas mensagens no microblog de pessoas do Brasil e do mundo (Bernardo registrou usuários dos EUA, Emirados Árabes e Londres) que pediam informações mais específicas da cidade, ele resolveu abrir uma transmissão ao vivo no Twitter por meio de uma webcam.

Com o irmão Pedro Dugin, de 24 anos, ao telefone, o estudante respondia as dúvidas que chegavam à rede social. "Meu irmão mora no Centro de Nova Friburgo com a mulher e o filho de 1 ano. Ele me relatava que eles estavam ilhados no bairro. A transmissão durou 1 hora e as mensagens não pararam de chegar até agora".

Segundo Bernardo, como as TVs e os jornais noticiam informações gerais, as pessoas buscavam notícias mais locais, como a situação de bairros e ruas e do abastecimento de água e comida. "Muita gente não sabia que eles estão sem água, sem comida e que muitos lugares estavam sendo saqueados", conta.

Contatando parentes e amigos e recebendo informações, inclusive, de amigos que moram no Rio, mas que também têm familiares em Nova Friburgo, Bernardo conseguiu estabelecer uma rede de notícias locais por meio do microblog.

"Agora, acabei de conversar com a minha mãe. Ela me relatou que ainda falta água e comida, mas que a ajuda está chegando. Ela também me disse que não para de passar ambulâncias na rua e que as filas nos únicos mercados abertos estão enormes".

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