Os pelo menos 150 estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que desde a tarde de quinta-feira ocupam o segundo andar do prédio da reitoria, na Ilha do Fundão (zona norte do Rio), continuavam acampados no local até a noite desta sexta-feira (15).
Eles iniciaram a ocupação após reunião do Conselho Universitário (órgão deliberativo da UFRJ), durante a qual cobraram a regularização do pagamento aos funcionários terceirizados, que estão com salários atrasados, mudanças nas bolsas de estudo concedidas aos alunos e melhorias nos restaurantes universitários e nas moradias estudantis.
O reitor Carlos Levi deixou a reunião para compromisso com o ministro da Cultura, Juca Ferreira. Após a ocupação, voltou ao campus, reuniu-se com os estudantes e se comprometeu a encaminhar os pedidos, mas os alunos permaneceram no espaço.
Durante a tarde houve reunião de Levi com os decanos (líderes das congregações de professores) para discutir mudanças a partir da próxima semana. Segundo a UFRJ, não havia previsão de novas reuniões com os estudantes, que continuam acampados.
Cerca de 70 estudantes da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) protestaram hoje à tarde na Avenida Rio Branco, no centro, contra a demissão de professores terceirizados e o atraso no pagamento de salários aos funcionários de limpeza e portaria, desde o início do ano.
Segundo eles, faltam luz, água e telefone nas unidades e as condições de higiene estão precárias. Os manifestantes foram até a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, à qual a Faetec é vinculada.
“Tem dinheiro para as Olimpíadas, mas não para a educação”, disse o estudante Rafael Araujo, de 20 anos, presidente da Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio e estudante da unidade de Imbariê, em Duque de Caxias, cidade na Baixada Fluminense.
A pasta estadual informou que os 3.410 professores temporários terão os contratos mantidos e que na próxima semana haverá reunião do presidente da Faetec, Wagner Victer, com estudantes.