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Saúde

Estudantes de medicina no Brasil farão o Revalida para "calibrar" o exame

Frente a taxas de reprovação no Revalida (exame federal que faz a revalidação do diploma de medicina no país) próximas a 90%, o governo vai testar a prova com estudantes de medicina de instituições do Brasil.

A intenção é aplicar o exame a uma amostra de estudantes do sexto ano de medicina - a participação será voluntária e o resultado no teste não terá nenhum impacto sobre a formação dos alunos. Aplicado na forma de um projeto-piloto em 2010, o Revalida tem hoje a adesão de 37 instituições públicas de todo o país, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

A partir do resultado, será possível avaliar melhor o instrumento hoje usado para permitir que médicos que obtiveram diploma no exterior possam atuar em território nacional. O debate sobre a eventual "calibragem" do Revalida foi levantado pelo governo nos últimos meses.

Críticos ao exame alegam que o grau de dificuldade é muito elevado - em 2012, dos 884 inscritos na prova apenas 77 (8,7%) foram aprovados.

Diante da possível reação de entidades médicas, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, já argumentou no passado que o governo não abrirá mão do padrão de qualidade dos médicos que ingressarem no mercado de trabalho nacional por meio desse instrumento.

De acordo com a legislação atual, todas as universidades públicas têm prerrogativa para revalidar diplomas obtidos no exterior. No caso do curso de medicina, isso pode ser feito por meio do Revalida ou por dinâmica própria, definida pela instituição.

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