Os dois estudantes presos durante a reintegração de posse da reitoria da USP (Universidade de São Paulo) foram transferidos na manhã de hoje (13) para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Osasco (Grande SP). O local estava ocupado desde o dia 1º de outubro por um grupo de estudantes que pedia mais autonomia no processo eleitoral para a escolha do novo reitor da universidade.

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Um grupo de estudantes da USP fez uma vigília durante a noite em frente ao 91º DP (Vila Leopoldina), zona oeste de São Paulo, onde dois estudantes estavam detidos. João Victor Gonzaga Campos e Inauê Taiguara Monteiro de Almeida foram indiciados sob suspeita de formação de quadrilha, furto qualificado e dano ao patrimônio público.

O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e a defesa dos suspeitos dizem que eles não estavam no prédio invadido.O sindicato informou em nota que ambos são alunos de filosofia que estavam em uma festa no centro acadêmico. Campos é funcionário concursado da universidade e Almeida reside na moradia estudantil.

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A defesa dos estudantes presos afirma que eles deixaram a festa para verificar boatos sobre a reintegração e, ao perguntarem a um policial, "foram abordados com truculência e dirigidos até um ônibus da polícia".

Os advogados afirmam ainda que ambos sofreram "agressões físicas e psicológicas, que pela lei configuram a prática de tortura.

Em nota, a Polícia Militar informou que "coloca-se à disposição dos envolvidos para formalizarem queixas na Corregedoria".A ação da Polícia Militar para reintegrar o prédio da reitoria durou cerca de 40 minutos. De acordo com a USP, vários equipamentos, como computadores, mesas e cadeiras, sumiram e outros foram destruídos. Há várias paredes e objetos pichados e salas que estão completamente vazias.

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